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Promotor recomenda liberdade condicional para irmãos Menendez após 35 anos de prisão

A decisão surge após a descoberta de novas evidências e uma reavaliação do caso


25/10/2024 10h10

Os irmãos Erik e Lyle Menendez, que estão presos há 35 anos pelo assassinato de seus pais, podem estar próximos de uma nova chance de liberdade.

O promotor do condado de Los Angeles, George Gascón, anunciou que pedirá ao tribunal a redução das sentenças de prisão perpétua sem possibilidade de condicional dos irmãos, que hoje têm 56 e 53 anos, para uma pena de “50 anos a prisão perpétua”, permitindo que se candidatem imediatamente à liberdade condicional.

A decisão surge após a descoberta de novas evidências e uma reavaliação do caso à luz de acusações de abuso sexual e psicológico que os irmãos alegam ter sofrido nas mãos do pai.

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O caso Menendez se tornou um dos mais midiáticos da década de 1990, quando Erik e Lyle foram acusados e condenados pelo assassinato brutal dos pais, José e Kitty Menendez, em sua mansão em Beverly Hills, em 1989. Na época, o crime chocou os Estados Unidos, não apenas pela brutalidade, mas pelo contexto de uma família rica e bem relacionada. Após o crime, os irmãos chegaram a ostentar uma vida de luxo com o dinheiro da herança, levantando suspeitas que levaram à sua prisão em 1990.

Durante o primeiro julgamento, transmitido pela TV, Erik e Lyle alegaram ter agido em legítima defesa devido aos abusos sexuais e psicológicos cometidos pelo pai, supostamente com a conivência da mãe. O julgamento foi anulado após o júri não chegar a um consenso, mas, no segundo julgamento, realizado sem câmeras, os irmãos foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de condicional. Os promotores alegaram que o verdadeiro motivo do crime foi o interesse na herança milionária da família.

Desde então, novas provas vieram à tona. Em 2023, os advogados dos irmãos apresentaram uma carta em que Erik, meses antes dos assassinatos, descreve o abuso sofrido. Além disso, o caso ganhou renovado interesse com uma série documental da Netflix, que destacou alegações de que José Menendez também teria abusado de um integrante da banda Menudo.

Esse retorno aos holofotes reacendeu debates públicos e pressões familiares para que os irmãos fossem novamente julgados, sob a justificativa de que suas ações foram uma resposta ao trauma de anos de violência.

A decisão sobre a possibilidade de liberdade condicional dos irmãos Menendez cabe agora ao juiz de Los Angeles, que poderá acatar a recomendação do promotor ou mantê-los na prisão. Caso o pedido seja aceito, Erik e Lyle precisarão passar por uma avaliação da Junta de Audiências de Liberdade Condicional para determinar sua aptidão para reintegração à sociedade.

Em coletiva de imprensa, Gascón afirmou que a decisão foi tomada após uma "revisão cuidadosa" do caso. "Cheguei ao entendimento de que, conforme a lei, a re-sentença é justificada", declarou ele, destacando que os irmãos se esforçaram para se reabilitar durante o tempo na prisão. "Eles estão encarcerados há quase 35 anos. Acredito que já quitaram sua dívida com a sociedade."

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