Lewis Hamilton não é a favor da construção do autódromo de Deodoro, no Rio de Janeiro (RJ), cotado como nova sede do GP do Brasil de Fórmula 1. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, em Nürburgring, na Alemanha, o piloto da Mercedes questionou o projeto, que, segundo ele, não é dos mais inteligentes em termos ambientais.
"Não sei todos os detalhes, ouvi dizer que será potencialmente sustentável. Mas a coisa mais sustentável que você pode fazer é não derrubar nenhuma árvore, especialmente num momento em que estamos lutando contra uma pandemia e em que continua a haver uma crise global em todo o mundo. Com o desmatamento e tudo mais, não acho que seja uma jogada inteligente, pessoalmente. Não tenho os detalhes do porquê, mas não é algo que eu pessoalmente apoio", afirmou.
A construção do novo circuito de corrida, como adiantado pelo britânico, prevê o desmatamento de boa parte da Floresta do Camboatá, no bairro de Deodoro. Apesar das justificativas apresentadas pela Rio Motorsports, consórcio vencedor da licitação para as obras, e do senador e filho do presidente da República Flávio Bolsonaro, de que os danos ambientais serão compensados, Hamilton reforça a desnecessidade da construção de um novo autódromo.
"Esperava que a pergunta não fosse respondida porque, em última análise, minha opinião pessoal é que o mundo não precisa de um novo circuito. Existem muitos circuitos que são ótimos, e eu adoro Interlagos", completou, com elogios ao autódromo paulistano, atual sede da Fórmula 1 no Brasil.
Neste final de semana, Hamilton dará mais um passo rumo ao heptacampeonato da F1. No GP de Eifel, no autódromo alemão de Nürburgring, os treinos começam nesta sexta-feira (9). A corrida está marcada para as 9h (de Brasília) de domingo (11).
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