O jogador de futebol Robinho recebeu sentença de nove anos de prisão, referente ao crime de violência sexual, ratificada pela Corte de Apelação de Milão, Itália. Além do atacante, o amigo Ricardo Falco, que também participou do ato, teve a condenação confirmada esta terça (9).
O ex-atleta do Santos e da seleção brasileira havia sido condenado no mês de dezembro do ano passado. A publicação da sentença acontece um dia antes do vencimento do prazo legal.
No documento, as juízas Francesca Vitale, Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili chamaram atenção para o comportamento de Robinho citando o “desprezo em relação à vítima, que foi brutalmente humilhada” além da tentativa de “enganar as investigações oferecendo uma versão dos fatos falsa e previamente combinada”.
Esta condenação equivale à segunda instância brasileira e a justiça italiana já pode pedir a prisão do atleta emitindo um mandado internacional de detenção, tendo em vista que ele mora no Brasil e o país não extradita os cidadãos. A defesa ainda pode recorrer à terceira instância italiana, a Corte de Cassação.
O Caso
Robinho, o amigo Ricardo Falco e outras quatro pessoas são acusados de praticar atos de violência sexual contra uma mulher de origem albanesa em uma boate na cidade de Milão em 2013. Na época, o atacante jogava no Milan (ITA).
No ano de 2014, o jogador brasileiro afirmou que manteve relações sexuais com a mulher, mas que, segundo ele, aconteceram de forma consensual e sem mais ninguém. A equipe de perícia que trabalhou no caso encontrou resquícios do sêmen de Ricardo Falco nas roupas da vítima.
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De acordo com a jovem, os acusados teriam oferecido diversas bebidas alcoólicas, o que fez com que ela não ficasse em plenas condições e se lembrasse apenas de “flashes” da situação. Ela diz ter percebido o momento em que os homens se aproveitaram dela.
Áudios obtidos com autorização judicial de ligações entre Robinho e Falco chamaram atenção para a consciência dos acusados sobre o estado da vítima na ocasião e foram determinantes para a condenação dos dois em primeira instância por violência sexual de grupo, em novembro de 2017.
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