Esta quinta-feira (25) marca uma data triste para o futebol e para a Argentina. Nesta mesma data, há exatamente um ano, morreu Diego Armando Maradona, um dos maiores jogadores de futebol em toda a história do esporte.
O craque que deu aos argentinos a segunda taça da Copa do Mundo sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa. No início do mês, poucos dias após seu aniversário de 60 anos, ele havia passado por uma cirurgia em função de uma pequena hemorragia cerebral.
Maradona é tido como o maior expoente do esporte na Argentina. Desde seus primeiros toques na bola no Argentinos Juniors, o ex-jogador colecionou gols, títulos, polêmicas, feitos históricos e, sobretudo, momentos marcantes.
Carreira em clubes
Maradona integrou as categorias de base do Argentinos Juniors com apenas nove anos. Após estrear como profissional em meados dos anos 70, Dieguito foi artilheiro na Argentina, se tornou o melhor jogador sul-americano e chegou a integrar a seleção nacional com apenas 17 anos de idade.
Em 1981, o clube do centro de Buenos Aires concordou em emprestar o prodígio ao Boca Juniors. Após grandes partidas e um desempenho que chamou a atenção dos europeus, o argentino foi contratado pelo Barcelona.
Na Catalunha, Maradona não apresentou o desempenho esperado dentro do campo e viveu momentos difíceis em sua vida pessoal. Por isso, ele se dirigiu a Nápoles, na Itália, para se tornar Rei. O Napoli era uma equipe minúscula até os anos 80, quando seu maior ídolo chegou ao até então Estádio San Paolo.
O sucesso do gênio foi tão grande na equipe italiana que, após sua morte, o Napoli decidiu mudar o nome de sua casa para Estádio Diego Armando Maradona. Entre os anos de 1984 e 1991, ele ajudou o time a conquistar uma Copa da Uefa, duas edições do Campeonato Italiano, uma Copa da Itália e uma Supercopa da Itália. Dos 13 títulos que o clube coleciona em sua história, cinco contaram com a participação de Diego.
Em mais uma passagem com menor nível do que o imaginado na Espanha, o jogador defendeu o Sevilla de 1992 a 1993, e depois retornou para a Argentina. Após uma temporada no Newell's Old Boys, voltou ao Boca Juniors, onde ficou até se aposentar aos 37 anos de idade em 1997. Ao todo, Maradona marcou 346 gols em sua carreira de 20 anos.
Seleção argentina
Para muitos especialistas e fãs do esporte, Maradona protagonizou a maior atuação individual de um atleta em uma edição de Copas do Mundo em toda a história. Em 1986, o argentino foi ao México, destruiu seus adversários e retornou ao seu país com a taça. Sua apresentação mais marcante foi no jogo contra a Inglaterra, poucos anos após o conflito entre as duas nações tido como a "Guerra das Malvinas".
Na partida, o craque marcou um gol de mão, que foi apelidada de "La Mano de Dios" ("A Mão de Deus" em português) posteriormente. Para mostrar que não precisava trapacear contra os britânicos, minutos depois ele arrancou de trás do meio de campo e passou por todos os adversários que viu pela frente, inclusive o goleiro, e fez o gol tido como o mais bonito da história da competição. Para muitos, foi o gol mais representativo da história do futebol por conta do contexto histórico.
Quatro anos depois, na Copa do Mundo sediada na Itália, Maradona ajudou a seleção argentina a chegar na final do torneio, onde foi derrotada pela Alemanha. O último embate entre os times havia sido em 86, em um desfecho feliz para os argentinos.
Um dos fatos mais marcantes daquela edição foi a partida entre Argentina e Itália nas semifinais do torneio, vencida pelos hermanos nas penalidades. O palco do confronto não poderia ser mais simbólico: O estádio San Paolo. Pelo fato de Maradona ser o ídolo máximo na região, muitos italianos torceram contra a própria seleção em prol de continuar a ver Diego desfilando e brigando nos gramados. Com a camisa alviceleste, ele marcou 34 gols.
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