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Em um contexto cada vez mais profissionalizante do futebol, alguns times brasileiros despontam de outros quando se trata de poder aquisitivo. Times como Flamengo, Palmeiras, Atlético Mineiro têm folhas salariais, patrocínios e rendas altíssimas.

Mesmo assim, times em condições diferentes conseguem manter a competitividade no futebol e tornar o Brasileirão o “campeonato mais equilibrado do mundo”. É o que tenta fazer o Cuiabá, por exemplo.

Cristiano Dresch, vice-presidente do time, não acredita que o Dourado esteja muito atrás de seus concorrentes: “Vários clubes estão no mesmo patamar aquisitivo do Cuiabá, como Goiás, Atlético Goianiense, Coritiba, Avaí... O que muda é como cada time vai trabalhar os seus próprios recursos”.

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Essa é uma preocupação latente na administração do time cuiabano. Por ser um time relativamente novo, até o próprio vice-presidente reconhece que um dos trabalhos a ser feito é a de criação de uma identificação com os torcedores da região do Mato Grosso. A lógica é que quanto maior a torcida, maiores serão os públicos e arrecadações no geral.

Crédito: Divulgação/Cuiabá EC

Enquanto não alcançam um patamar econômico parecido com os grandes times, Dresch parece ter um plano bem traçado para o clube. Isso fica evidente no comportamento do Dourado no mercado da bola. A escolha por jogadores com vivências e experiências em outras equipes tem uma justificativa:

“A questão psicológica é muito diferente na Série A. Nós jogamos em estádio cheio, torcida contra, contra equipes grandes. É necessário ter jogadores experientes no elenco, um cara que não se assusta em lugar nenhum. Temos vários com esse perfil, como Walter, Rodriguinho, Everton, André Felipe...”

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A presença dos mais experientes no time não exclui a participação dos mais jovens na equipe principal, como é o caso do lateral João Lucas, de 24 anos. “Essa mistura ajuda a ter um time que consegue competir fisicamente e que tenha ainda um preparo mental”, complementa Cristiano.

Ainda tratando sobre jogadores jovens, o dirigente afirmou que, por mais que não tenham trazido muitos reforços para o time principal nesta janela de transferências, investiram pesado na contratação de jogadores para o time sub-23.

“A gente fez uma aposta no nosso elenco sub-23 e esperamos colher algum tipo de fruto dessa equipe já esse ano. O mercado está complicado com times novos entrando agora de forma agressiva, e vemos nos jovens uma maneira de abastecer com qualidade o nosso elenco em um futuro próximo”.

Resta saber se o plano dará certo. Resultados já estão começando a aparecer, e o Cuiabá disputa nesta quarta-feira (13) seu primeiro jogo oficial fora do Brasil contra o Racing, na Argentina, pela Copa Sul-Americana.