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Natália Araújo, conhecida como Natinha, é natural de Guarulhos-SP e começou a jogar vôlei em uma escola de apoio na sua cidade. Depois de um tempo, decidiu fazer uma peneira no time do Bradesco, de Osasco, e foi aprovada para fazer parte da equipe. A jogadora fez praticamente toda sua base no Bradesco e quando estava no juvenil (categoria para atletas entre 17 e 18 anos) recebeu um convite para jogar pelo Sesi, clube que a revelou na Superliga profissional.

Natinha vem sendo convocada para defender o Brasil desde 2019, mas nesse período recebeu poucas oportunidades, principalmente por disputar posição com Camila Brait. Após os Jogos Olímpicos de Tóquio, Brait se aposentou da seleção e abriu espaço para que Natinha buscasse se firmar como titular.

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Na Liga das Nações, Natinha foi a líbero (responsável por defender e recepcionar bolas) titular da equipe de Zé Roberto e um dos destaques da seleção no torneio. Em entrevista ao site da TV Cultura, ela comenta sobre a responsabilidade de atuar pelo Brasil. “Para mim, talvez como uma estreante em quadra na seleção adulta, é uma responsabilidade muito grande porque sempre foi meu sonho vestir a camisa do Brasil e estar lá representando toda a nação brasileira. Porém, isso não me pesa em quadra. Isso só me deixa mais feliz e motivada.”, garante.

Famosa pelo sorriso no rosto, grandes defesas e muita vibração, Natinha é o termômetro da seleção em quadra. Segundo ela, essa é uma característica natural do povo brasileiro: “A gente é tão guerreiro, né? A gente quer vencer o tempo todo. Eu sempre falo que o líbero tem que ser o termômetro do time. Enquanto o líbero está atento, quente no jogo e atento a todas as situações, a gente consegue passar isso para as outras meninas e, consequentemente, sobe a energia da equipe.”, afirma.

Visando os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, a Liga das Nações foi o primeiro grande torneio de um longo ciclo preparatório que está só começando. O campeonato disputado entre os dias 31 de maio e 17 de julho desse ano teve a Itália como campeã e o Brasil em segundo lugar. Na final, as europeias superaram as brasileiras por 3 sets a 0.

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Para a jogadora, apesar do revés, o saldo da seleção brasileira foi positivo no torneio. “Foi muito bom para a gente porque somos um grupo novo. A Itália está com esse grupo jogando junto há oito anos e só foram ganhar um título de expressão agora, depois de um longo processo e a gente acredita que o nosso processo também vai ser assim. Estamos começando agora, até Paris temos muito a evoluir como time. Precisamos trabalhar duro e a gente sabe que durante todo esse ciclo vai ter que ser assim”, diz.

Após jogar por três anos o Sesc RJ Flamengo, Natinha foi contratada pelo Osasco para defender a equipe a partir da temporada 2022/23. No time da região metropolitana de São Paulo, a líbero atuará novamente junto com Camila Brait, sua ex-companheira de seleção e principal inspiração na posição.

“Estou muito feliz e motivada. Desde quando eu era criança é um clube que eu sempre acompanhei e eu me via ali dentro. Além disso, quando eu me tornei líbero eu tinha a Camila Brait como espelho e hoje eu vou poder conviver com ela todos os dias e aprender muito. Isso é algo muito especial para mim.”, conta.

Titular da seleção brasileira e recém-contratada por uma das principais equipes do país na modalidade, Natinha deixa um recado para todos os brasileiros. “O Brasil também é o país do voleibol!”.