Games: Como um simples hobby se tornou uma maneira de enriquecer
Os campeonatos variam desde regionais, nacionais e até mundiais. O CBLOL, por exemplo, é um torneio nacional que reúne 10 franquias
23/07/2022 08h42
Em 1972 nasceu o primeiro console de videogame lançado na história, batizado de Magnavox Odyssey. Mas os consoles ficaram popularmente conhecidos pelo Atari, lançado em 1977. Os games se tornaram febre no Brasil na década de 90, e nos Estados Unidos a Nintendo realizou um dos primeiros grandes torneios de games, o Nintendo World Championship.
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No mesmo período, a Sony lançou o famoso Playstation 1, em 1994, que ainda competia com os consoles das gerações anteriores. De início o console não agradou ao público, era difícil adaptar aos novos gráficos e ao controle “moderno”. Contudo, duas características marcaram a história do mundo dos games pra sempre: o Memory Card e o Dual Stick.
A partir deste momento, com a evolução dos gráficos e dos consoles, a Sony dominou o início dos anos 2000, com o Playstation 2 e o PS3. Com isso, os campeonatos que eram disputados por amigos em Lan Houses de forma amadora, se tornaram grandes eventos milionários.
Os campeonatos variam desde regionais, nacionais e até mundiais. O CBLOL, por exemplo, é um torneio nacional que reúne 10 franquias. Os times vão desde organizações tradicionais do cenário gamer até clubes de futebol ingressando no esporte eletrônico, como o Flamengo Esports, time uma vez campeão brasileiro de League of Legends, no segundo split de 2019.
Em entrevista a o site da TV Cultura, o streamer Max Ricaldes, um dos grandes nomes do Free Fire, contou como iniciou sua trajetória no mundo dos games.
Max conta que conheceu os games aos 5 anos de idade, quando jogava na casa de um amigo. Aos 18 anos, o streamar acordava cedo e saía da pequena casa onde morava com a mãe e a irmã para trabalhar como vendedor em uma loja de móveis.
No fim da tarde, era a vez de pegar o ônibus e chegar à faculdade, para assistir às aulas de Contabilidade. Depois, de quinta a domingo, ia até uma pequena lanchonete, já perto de casa, onde fazia de tudo um pouco: de garçom a chapeiro para se sustentar.
O streamer, que atualmente tem 25 anos, disse que percebeu que poderia seguir uma profissão após o contato de uma grande equipe dos games.
“Quando chegou uma mensagem de um time muito famoso no cenário me chamando para ser streamer deles, eu percebi que podia dar certo, antes disso eu achei que só se ganhava dinheiro com as doações do público”.
O sucesso foi tanto, que ainda no primeiro mês surgiu o primeiro contrato pelo Facebook Gaming. “Eles queriam me pagar mais do que eu ganhava nos dois serviços”, conta Max. Assim, ele pediu demissão em ambos os empregos.
O jovem diz que explicou para a família que ia se dedicar ao mundo dos games e que não era uma brincadeira e sim uma profissão.
“A primeira coisa que fiz foi mostrar o contrato, para que eles vissem que não era brincadeira e sim algo sério, assim que leram os contratos viram a carga horária e o salário, me incentivaram na hora de me dedicar a isso”.
Max Ricaldes diz que quem pretende entrar no mundo dos streamers precisa estar sempre atualizado com as novas informações sobre o mundo dos games, não só no Brasil, mas em todo mundo.
“A dica que eu posso dar é sempre acompanhar o que está em alta no Brasil, jogos que estejam em alta tem a chance maior de você viralizar um vídeo, meu primeiro vídeo quando meu canal monetizou bateu mais de 1 milhão de views”.
O streamer disse que procurou o que estava em alta fora do país e trouxe primeiro para o Brasil. “Quando o conteúdo virou moda, eu fui o primeiro a fazer, e por isso todo mundo caiu no meu vídeo de paraquedas”. Conclui o streamer.
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