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Reprodução/Instagram/@maiconandradetkd
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O medalhista olímpico Maicon Andrade foi alvo de ataques racistas durante o Pan Am Series, competição de taekwondo organizada pela Confederação Brasileira da modalidade (CBTkd), na última terça-feira (20). O atleta e seu treinador, Rafael Valério, receberam imagens de um macaco em seus celulares após a cerimônia de premiação.

Em suas redes sociais, eles explicam que receberam a foto de um macaco via ‘airdrop’, mecanismo de compartilhamento presente em iPhone.

“É muito chato isso acontecer nos dias de hoje. Eu e o Maicon fomos vítimas de racismo dentro do campeonato e, provavelmente, por pessoas que conhecem a gente, já que enviaram via airdrop. […] Uma coisa que deixa a gente indignado. Racismo é crime!”, contou Valério.


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O treinador também afirmou que, apesar das ofensas racistas, não irão se abalar e continuarão trabalhando. Ele lembrou que os dois são “negros de sucesso e campeões”, e isso acaba incomodando muita gente.

Ao final da mensagem, mandou um recado direto para o agressor: “na próxima conquista, terá que mandar muitas outras fotos de macaco”.

Após o fato, os dois foram até a delegacia e registraram um boletim de ocorrência. Eles também comunicaram o presidente da CBTkd sobre o crime durante a realização do campeonato.

Nesta quarta-feira (21), a CBTkd emitiu um comunicado oficial repudiando os ataques racistas.

"A Confederação Brasileira de Taekwondo – CBTKD - vem a público manifestar profunda indignação com o ataque racista sofrido pelo Atleta Maicon de Andrade Siqueira e seu Técnico o Sr. Rafael Tadeu Valério, durante o Evento PAN AM SERIES III realizado em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em 18 de setembro de 2022, no qual o atleta e técnico representaram a Liga Vale Paraibana de Artes Marciais. A referida denúncia do ataque foi trazida pelos ofendidos à CBTKD, organizadora do evento.

Grande destaque nas competições, o atleta e seu técnico receberam mensagens desconhecidas e ofensivas. A CBTKD repudia qualquer tipo de atitude que vá contra o ser humano, independente de gênero, raça ou opção sexual. O esporte é uma ferramenta inclusiva e deve permanecer como tal, oportunizando a descoberta de novos talentos e ensinando valores para toda a comunidade desportiva.

A CBTKD se solidariza com o atleta e técnico, bem como todos que tem sofrido algum tipo de constrangimento e discriminação, e reafirma o compromisso com a promoção da igualdade, nos mais diferentes âmbitos, por meio de seu representante legal, repudia as práticas racistas sofridas por seus atletas, técnicos, treinadores assim como por quaisquer pessoas da sociedade".

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