Esporte

Gabriel Campos: jovem armador do Corinthians fez da hiperatividade motivo para treinar mais

Em entrevista exclusiva para o site da TV Cultura, o atleta explica como foi o início de sua vida no basquetebol


17/03/2023 08h00

Natural de Guarulhos, na Grande São Paulo, Gabriel Campos, de 21 anos, chegou à equipe de basquete do Corinthians em junho de 2022 após longa passagem pelo Esporte Clube Pinheiros.

Os primeiros passos do jogador no esporte foram dados muito cedo. Por determinação da mãe, Gabriel e os irmãos foram inseridos no basquete ainda muito jovens.

Em entrevista exclusiva para o site da TV Cultura, o atleta do Corinthians explica como foi o início de sua vida na modalidade. “A minha mãe sempre disse pro meu pai que precisava colocar a gente no esporte cedo. No início, a intenção dela era apenas nos tirar da rua e foi no basquete que ela viu essa possibilidade”.

Com apenas seis anos, ele começou a treinar na equipe do Sesi, que hoje se chama Apage Bask. Apesar de muito jovem, Gabriel já sonhava em se tornar jogador profissional de basquete. Ele explica que esse desejo precoce foi muito por conta da influência de seu irmão Jefferson, ex-atleta profissional.

“Eu e meu irmão temos 10 anos de diferença de idade e ele sempre foi meu espelho em tudo. Sempre que ele tinha jogo, eu estava na quadra vendo ele jogar. Eu era muito hiperativo quando criança e queria treinar com outras categorias do time também. A minha treinadora da época deixava, até para ficar perto do meu irmão, então eu comecei a aproveitar. Acredito que por isso eu peguei gosto pelo esporte tão cedo e comecei logo a levar tudo mais a sério.”

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Além do irmão, o armador corintiano conta que sempre viveu em um ambiente de prática de esportes. Sua irmã também jogou basquetebol, mas não seguiu carreira profissional e sua mãe foi atleta de handebol. De acordo com ele, o apoio que sempre recebeu dos pais foi primordial para sua formação como atleta.

“Sem o apoio dos meus irmãos e dos meus pais eu não teria conseguido me tornar profissional. Eles sempre me motivaram, mas também eram os primeiros a me dizer que eu tinha que melhorar em algo ou treinar mais do que os outros. Eles me cobram até hoje para eu me manter focado e eu uso isso como motivação. O apoio da minha família é o que eu tenho de mais gratificante hoje em dia.”

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Embora tenha passado por clubes conhecidos no seu processo de base, o armador lamenta a diferença de estrutura entre as equipes brasileiras. Segundo ele, a diferença de investimento é o que mais distancia as equipes nacionais, mas vê uma evolução no desenvolvimento do esporte.

“Infelizmente, isso ainda depende do time no nosso país. Há times que dão apoio e suporte verdadeiro ao atleta e isso é a verdadeira mentalidade norte-americana. Apesar de ainda estar distante dos Estados Unidos, por exemplo, o Brasil tem evoluído bastante nesse quesito”, ressalta.

Contratado pelo Corinthians no ano passado, Gabriel diz que assim que recebeu a notícia de que o clube paulista havia feito uma proposta oficial por ele, “só queria saber quando iria assinar”.

“Eu falei pro meu pai: ‘Corinthians me fez uma proposta. Eu quero ir. É o Corinthians’. Realmente, não tinha como não aceitar. Até hoje ainda não caiu minha ficha. Eu às vezes chego no ginásio, olho em volta e penso: ‘Não é possível que eu jogo aqui’.

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A curto prazo, o armador tem como objetivo ser campeão do NBB pelo Timão. “Estamos fazendo uma boa campanha e os objetivos têm sido alcançados. Eu creio que temos boas chances se seguirmos nesse ritmo”.

O jogador também pretende atuar pela Seleção Brasileira profissional e quer trilhar os passos de seus ídolos Marcelinho Huertas e Yago Mateus, também armadores. “Eu sonho com isso e por isso acompanho tanto a seleção. Tenho amigos que representam o Brasil e quero um dia poder me consolidar na Seleção”.

E assim como a maioria dos jovens jogadores brasileiros, o armador sonha em jogar por um clube estrangeiro. “Meu maior objetivo é esse. Eu sonho em jogar na Europa ou nos Estados Unidos. Seguirei dando meu máximo todos os dias até alcançar esse objetivo”, conclui.

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