Esporte

Técnico do Emelec denuncia ataques racistas da torcida do Huracán contra jogadores

Em coletiva, Miguel Rondelli diz que torcedores atacaram jogadores os chamando de “escravos” e “negros de m…”


26/05/2023 11h19

Não acontece apenas na Europa. O técnico do Emelec, do Equador, Miguel Rondelli, denunciou casos de racismo vindos da torcida do Huracán, da Argentina, na última quinta-feira (25) em partida válida pela Copa Sul-Americana. Segundo o treinador, gritos de “escravos” e “negros de m…” foram direcionados aos atletas.

“Quero repudiar, porque depois que marcamos o gol que foi anulado começamos a sofrer assédio da população do Huracán. Eles nos insultaram o jogo inteiro, eu não falo nada, não estou reclamando disso, faz parte. Mas chamar meus jogadores de escravos e negros de m... parece não fazer sentido”, contou Rondelli em entrevista coletiva.

Além da denúncia, ele pediu para que as autoridades argentinas e a própria Conmebol, organizadora da competição, tomem medidas enérgicas para impedir novos casos.

“Estamos em um momento difícil, chamar uma pessoa de 'escravo' no século 21 não me parece mais, isso ficou para trás, vamos nos dedicar a assistir futebol. Acho que a Conmebol tem que tomar uma atitude sobre o assunto, não apenas anunciar pelos alto-falantes, mas sim as multas têm que ser severas e severas, porque senão isso vai acontecer de novo e teve pessoas da Conmebol lá que me disseram que iam denunciar”, completou.

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Mesmo com as declarações do treinador, nenhum dos clubes se manifestaram publicamente sobre as denúncias de racismo.

Em maio do ano passado, a Conmebol propôs uma reforma no Código de Disciplina em virtude dos casos de racismo em competições do continente. A multa mínima aplicada aos clubes passou de R$ 150 mil para R$ 500 mil. Além disso, a punição também inclui uma ou mais partidas com portões fechados ou setores do estádio bloqueados.

Racismo contra jogadores do Santos 

Na última quarta-feira (24), também em partida válida pela Copa Sul-Americana, jogadores do Santos foram vítimas de racismo vindas de torcedores do Audax Italiano. 

A primeira denúncia foi do atacante Ângelo, que disse que foi chamado de macaco por torcedores rivais. O ataque racista teria acontecido aos 32 minutos do segundo tempo. O camisa 11 foi substituído para dar lugar a Weslley Patati. Para acelerar a substituição e não precisar cruzar o gramado, Ângelo deixou o gramado pelo lado direito do ataque santista. Foi neste momento que o atleta relatou ter sido xingado e chamado de macaco.

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O clube também denunciou injúria racial contra o Joaquim, após o jogador deixar uma área localizada no 4º andar do estádio, que deveria ser destinada exclusivamente ao Santos, mas que contava com a presença de diversos torcedores do Audax Italiano.

A Conmebol abriu um processo disciplinar para apurar o caso.

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