Esporte

Torcedor do Flamengo que foi preso pela morte de palmeirense é solto

Juíza criticou atuação do delegado à frente do caso e transferiu as investigações ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa


12/07/2023 18h55

Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo que chegou a ser preso pela morte da palmeirense Gabriela Anelli, foi solto na tarde desta quarta-feira (12).

A detenção de Felipe foi revogada após o Ministério Público de SP pedir a liberdade dele por falta de provas.

Gabriela foi morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro no último sábado (8), dia de confronto entre Palmeiras e Flamengo, em São Paulo, pelo Brasileirão.

Na decisão que libertou Felipe, a juíza Marcela Raia de Sant’Anna, da 5ª Vara do Júri, ressaltou que ele não confessou o crime, diferente do que chegou a declarar o delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), que estava à frente do caso..

“Em seu interrogatório (Felipe Xavier Santiago) negou que tivesse jogado qualquer objeto de vidro contra os torcedores palmeirenses, afirmado que tinha pedras de gelo nas mãos, as quais arremessou em revide a rojões que os palmeirenses teriam jogado contra os flamenguistas", declarou a juíza.

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O torcedor havia sido preso e indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso consumado.

Na determinação, a juíza manifestou: "a pessoa que arremessou a garrafa contra os torcedores palmeirenses trata-se de um homem que possui barba, sendo, portanto, fisicamente diferente do autuado, além de vestir camisa clara, diversa da camisa do time do Flamengo que o autuado vestia quando foi preso (...) tudo indica, portanto, que a garrafa que vitimou fatalmente Gabriella foi arremessada por outra pessoa que não o autuado”.

Marcela Raia de Sant’Anna também determinou que o processo seja encaminhado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

"Diante da lamentável, para dizer o mínimo, postura do delegado de polícia, que se mostrou açodado e despreparado para conduzir as investigações, de rigor é a remessa dos autos ao DHPP, órgão especializado e preparado para a condução de investigações desta espécie", determinou.

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