A Conmebol decidiu suspender por 10 jogos o preparador físico do Universitário, do Peru, Sebástian Avellino Vargas. O uruguaio foi acusado de imitar macacos para a torcida do Corinthians, em jogo na Neo Química Arena, pela Copa Sul-Americana.
A suspensão foi baseada no artigo 15.1 do código disciplinar da Conmebol, que trata de discriminação: "qualquer jogador ou oficial que insultar ou atentar contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivos a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por pelo menos dez (10) partidas ou por um período mínimo de quatro (4) meses".
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Vargas ainda responde a dois crimes na Justiça brasileira: o de praticar ou incitar a discriminação ou preconceito de cor, raça ou etnia, com o agravante de ter sido num evento esportivo, que prevê pena de até cinco anos de prisão; e o de promover tumulto ou incitar a violência, com pena de até dois anos de prisão, esse último previsto na nova Lei Geral do Esporte.
A Justiça de São Paulo tornou o preparador réu no mês passado, mas concedeu liberdade provisória ao profissional uruguaio. Além de decidir pelo gancho a Vargas, a Conmebol anunciou nesta quinta-feira (17) um acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol para intensificar o combate a atos antidesportivos em suas competições.
O observatório irá realizar um plano de alfabetização racial e de diversidade e acompanhamento das campanhas para educar sobre racismo nos torneios.
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