Vinícius Júnior se apresentou, nesta quinta-feira (5), ao tribunal de Madri para prestar depoimento sobre insultos racistas recebidos em Valência, também na Espanha.
O atacante depôs em videoconferência para as investigações da violência sofrida no dia 21 de maio, no estádio Mestalla.
Segundo informações da agência de notícias EFE, o brasileiro confirmou que foi vítima de racismo e pretende seguir com ação judicial por isso. No tribunal também estava o advogado dos três jovens, entre 18 e 21 anos, que foram identificados e proibidos de acessar o Mestalla para sempre.
Em comunicado oficial, o Valencia criticou o depoimento de Vinicius Junior à justiça. O clube manifestou "surpresa, rejeição e indignação" e afirmou que o "racismo não pode ser combatido com falácias ou mentiras infundadas".
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Veja abaixo a nota divulgada pelo clube.
"Em relação à informação publicada sobre a declaração prestada em tribunal pelo jogador de futebol Vinícius Jr., afirmando que todo o estádio Mestalla o lançou insultos racistas no jogo entre Valencia CF e Real Madrid CF na temporada passada, o Clube deseja manifestar a sua surpresa, rejeição e indignação.
Como o próprio treinador Carlo Ancelotti reconheceu publicamente, em nenhum caso o comportamento pode ser generalizado a todo o estádio do Mestalla.
O Clube tem plena consciência da gravidade deste assunto. O racismo não tem lugar no futebol nem na sociedade, mas não pode ser combatido com falácias ou mentiras infundadas. Esta questão exige o envolvimento de todos e o Valencia CF entende que deve ser escrupulosamente preciso e responsável neste tipo de manifestações.
Os torcedores do Valencia não podem ser classificados como racistas e o Valencia CF exige que Vinicius Jr. retifique publicamente a sua alegada declaração esta manhã".
Na ocasião, torcedores do Valencia chamavam o brasileiro de macaco desde a chegada do ônibus ao local. Durante o jogo, os insultos seguiram. No segundo tempo, Vinícius apontou dois torcedores que estavam imitando sons do animal e cometendo racismo contra ele.
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