Esporte

Dudu, atacante do Palmeiras, denuncia possível golpe de R$ 18 milhões; polícia investiga

De acordo com a denúncia, o valor foi movimentado sem o consentimento do jogador ao longo dos últimos anos, a partir de transações com assinaturas falsas


01/02/2024 14h36

O atacante Dudu, ídolo do Palmeiras, denunciou um suposto golpe de R$ 18 milhões à polícia. A acusação aponta possível envolvimento de funcionários de um banco, de um cartório em São Paulo e do ex-assessor e padrinho de casamento do atacante, Thiago Donda.

Dessa forma, os advogados do jogador registraram um boletim de ocorrência e solicitaram a instauração de um inquérito para investigar os fatos que podem envolver o ex-braço-direito do camisa 7.

De acordo com a denúncia, o valor foi movimentado sem o consentimento do jogador ao longo dos últimos anos, a partir de transações com assinaturas falsas na conta em que ele recebia os direitos de imagem do Verdão.

Leia também: Corinthians tem dívida de mais de R$ 200 milhões com empresários

Pré-Olímpico: Brasil enfrenta a Venezuela nesta quinta (1º); veja onde assistir ao jogo

Thiago era assessor de Dudu e com o tempo começou a ter acesso às finanças do atacante e movimentar as contas, sem anuência dele, mas autorizado por funcionários do banco.

Os advogados do palmeirense entendem que houve uma série de fraudes:

1. Transferências e pagamentos de valores para conta de terceiros utilizando fichas internas com assinatura falsas;

2. Compensações de cheques com assinaturas falsas;

3. Débitos nas contas bancárias de produtos ofertados pela entidade bancária sem contratação e conhecimento das vítima;

4. Operações de empréstimos mediante oferta de produtos;

5. Venda de Títulos de Capitalização sem autorização da vítima;

6. Transferências de valores para conta de terceiros com autorizações preenchidas pelo gerente sem anuência do correntista e transferências de veículos sem anuência;

7. Falsificações de assinatura;

8. Baixas de aplicações financeiras e resgates de ativos financeiros sem conhecimento da vítima;

9. Utilização de PIX e TED não autorizadas.

A defesa de Dudu ainda entende que Thiago Donda não agiu sozinho e que contou com a ajuda de funcionários do Bradesco e também do 19º Cartório de Registro Civil de São Paulo, onde eram reconhecidas as assinaturas falsas.

A polícia aguarda o recebimento de documentos para avançar com a investigação. Estão sendo avaliados crimes de estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa.

Dudu descobriu em agosto de 2023, após uma reunião com seu contador, que a “Dudu Sete Agenciamento de Imagens Esportivas”, empresa na qual recebe os direitos de imagem, não pagava impostos desde 2018. Os advogados entendem que o ex-assessor poderia estar usando o valor que deveria ser para pagar os impostos da empresa aberta do jogador.

O contador disse que não havia relatado nada ao atacante até então por ordem de Thiago Donda. Dudu recebeu a confirmação de que os impostos não vinham sendo pagos, além de terem ocorrido seguidas transferências para Donda com fichas que deveriam ter autorização do jogador. Ele alega que não tinha conhecimento de nenhuma delas.

Após perícia contratada, ficou constatado que as assinaturas do camisa 7 usadas em cheques e fichas internas do banco eram falsas.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças