No dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A criação da data foi motivada após o 1º encontro de mulheres afro-latino-americanas e afro-caribenhas, que ocorreu em 1992 na República Dominicana, e teve como objetivo trazer visibilidade à luta dessas mulheres contra opressões raciais e de gênero.
Aqui no Brasil, o dia também homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, considerada um símbolo de luta e resistência contra a escravidão. Além de ser uma oportunidade para tratar o tema da violência e desigualdade que atinge a população negra, em especial as mulheres.
De acordo com o Atlas da Violência de 2020 divulgado pelo IPEA, em 2018 no Brasil, uma mulher foi assassinada a cada duas horas, sendo que 68% delas eram negras.
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Em entrevista ao Jornal da Tarde desta sexta-feira (23), a advogada e coordenadora de Políticas de Promoção de Igualdade de Gênero e Raça do Geledés Instituto da Mulher Negra, Maria Sylvia de Oliveira, falou sobre a importância de reconhecer a resistência da mulher negra no Brasil.
De acordo com Maria, para combater a realidade do país é necessário o reconhecimento do problema racial no Brasil por parte do estado. “A maioria dos pobres no Brasil são negros, e são pobres exatamente porque são negros, é um processo histórico”, explicou a advogada.
A coordenadora reforçou ainda o protagonismo das mulheres negras na luta racial, “Por conta do racismo e machismo no Brasil, essa luta sempre foi invisibilizada”, afirmou.
O Estação Livre desta sexta (23) teve edição especial sobre o Dia e conversou com a advogada Cláudia Luna, especialista em direito das mulheres.
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Assista ao Estação Livre desta sexta (23) na íntegra:
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