A reabertura gradual de setores, desacompanhada da volta às aulas, cria um problema para quem tem crianças em casa. Buscar a ajuda dos avós não é uma opção, pois eles fazem parte do grupo de risco. Os impactos são maiores para famílias uniparentais lideradas por mulheres.
Débora Garcia, bancária, voltou a trabalhar e deixa o casal de filhos com parentes. “essa semana nós deixamos com o meu sobrinho, que tem 18 anos e está em férias da faculdade. Seria o único disponível pra cuidar deles. Na semana que vem a gente vai ter que correr atrás e ver quem pode ficar", relata.
A socióloga do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) Adriana Marcolino, reconhece a importância de manter as escolas fechadas para preservar a saúde de crianças, professores e funcionários. Mas, na impossibilidade de manter a quarentena para outros setores, defende a criação de políticas públicas que ajudem pais e mães que trabalham fora.
Adriana ainda diz que “é uma obrigação do poder público, porque a segurança das crianças é um dever do Estado, de todos mas do Estado. Direito à creche, é fundamental.”
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