O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o deputado Douglas Garcia (PSL) prove que entregou às autoridades um dossiê contra opositores do governo de Jair Bolsonaro que, segundo ele, seriam integrantes de um movimento chamado de antifascista. O documento com nomes, fotos, endereços e outros dados pessoais de cerca de 1 mil pessoas circulou na internet e foi atribuído ao parlamentar.
A decisão tomada pela Justiça atende ao pedido das deputadas Sâmia Bomfim (PSOL) e Mônica Seixas, porta-voz da Bancada Ativista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Em junho, o próprio deputado anunciou ter compilado informações sobre pessoas denominadas 'antifas' ou antifascistas, termo que designa pessoas que são contra o fascismo, movimento antidemocrático similar ao nazismo.
Garcia ainda afirmou que essas pessoas eram terroristas e que havia enviado o dossiê às autoridades e à Embaixada dos Estados Unidos. O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para investigar se o deputado usou recursos públicos da Alesp para preparar e divulgar o documento, que, ao expor dados pessoais, ameaça a segurança das pessoas.
Após a abertura da ação judicial, o deputado afirmou que o dossiê que circulou na internet não é o mesmo que ele preparou e entregou às autoridades. Ele agora tem o prazo de cinco dias para comprovar as afirmações ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
REDES SOCIAIS