Foi estimado que a exposição aos poluentes emitidos pelos automóveis pode diminuir a expectativa de vida em dois anos. A fumaça produzida pela queima de combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina, causa problemas respiratórios, doenças cardiovasculares, e até mesmo o câncer.
Crianças, idosos e pessoas menos favorecidas, que passam mais horas no trânsito, estão mais dispostas a ter reações em consequência da exposição à poluição.
Segundo um relatório realizado pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, se todos os países mantivessem a concentração de material particulado dentro do limite estipulado pela Organização Mundial da Saúde, a expectativa e vida passaria de 72 para 74 anos. Em São Paulo, o nível médio de poluentes emitidos é maior que o dobro aceito pela OMS.
O botânico Ricardo Jardim relembra a importância da floresta urbana para a diminuição da poluição nos grandes centros. Segundo ele, uma árvore grande pode liberar até 400 litros de água na atmosfera em forma de vapor, melhorando a qualidade do ar.
Por conta do isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, a poluição diminuiu em 50% na cidade de São Paulo. De acordo com a coordenadora do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental, Mariana Matera Veras, prolongar os resultados da quarentena é possível se for repensada a política de transporte na cidade, melhorando a qualidade do diesel, a eficiência dos motores e providenciando a troca de caminhões e ônibus por aqueles que poluem menos.
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