Estudo americano indica que a obesidade aumenta o risco de casos graves da Covid-19
Segundo o endocrinologista Bruno Halpern, quanto mais alto o índice de massa corporal de um paciente, maior será a sua chance em desenvolver um caso dramático da doença
13/08/2020 17h04
Nesta quinta-feira (13), uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com pacientes da Califórnia apresentou que pessoas obesas têm maior chance de morte pela Covid-19.
Segundo Bruno Halpern, que é doutor em medicina, endocrinologista e vice presidente da Federação Latino-Americana de Obesidade, quanto mais alto o índice de massa corporal de um paciente, maior será o seu risco em desenvolver um caso grave da doença.
O médico explica que isso está relacionado a outros problemas originados da obesidade, como os distúrbios ventilatórios, a dificuldade de expansão do pulmão e a complicação no momento de intubação. Em contrapartida, a idade continua sendo a principal condição para casos dramáticos do novo coronavírus.
Já nos jovens, a obesidade surge como fator de risco relevante para os casos críticos. O excesso de gordura no fígado e no abdômen afeta o processo inflamatório de recuperação do corpo. Nestas condições, o sistema de defesa tende a lutar de forma inadequada no combate ao vírus, provocando reações exacerbadas e a piora do quadro clínico.
Além disso, já foi verificado que o coronavírus pode aumentar o risco de trombose, complicação também muito frequente em pessoas obesas.
Mas Halpern adverte que pequenas reduções de peso já podem diminuir o risco de quadros críticos da Covid-19 em até 3%. Em meio à pandemia e com a impossibilidade de parcela da população não poder praticar exercícios físicos, o médico indica pequenas mudanças de hábito no dia a dia para a perda de peso.
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