Fundação Padre Anchieta

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A discussão sobre a volta às aulas tem preocupado famílias. O isolamento imposto pela pandemia da Covid-19 priva crianças e adolescentes de manterem relações em uma etapa em que isso é essencial para o desenvolvimento individual.

“É fundamental, na nossa constituição, as relações com os outros. A gente se constitui assim, a gente se forma a partir dessas relações com os outros”, diz a doutora em Psicologia da Educação, professora e coordenadora do curso de Psicologia da PUC-SP, Fabíola Freire Saraiva de Melo.

Segundo ela, os jovens têm encontrado formas de lidar com as privações de contato, seja com o auxílio da tecnologia, seja criando outras formas de relações dentro de casa.

Mas ela relembra sobre o privilégio das crianças e adolescentes de uma classe social mais favorecida que é bem diferente da realidade brasileira: muitos não têm acesso aos aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, e a pandemia acaba se tornando mais impactante para estes jovens.

Além da nova forma de conviver em escola que será diferente aos alunos por conta das medidas de segurança, Fabíola ainda adverte para um problema que está sendo ignorado por muitos que apoiam a volta às aulas: “As pessoas muitas vezes não pensam no impacto que pode ter, para uma criança, ela ter depois que entender que, de alguma maneira, ela impactou no adoecimento seja do amiguinho, seja da própria família”.

Ela acredita que, neste momento, é preciso ressignificar a situação e deixar claro para estes jovens que “as relações com as pessoas não é perigosa, mas neste momento está perigosa”.

O desenvolvimento individual, segundo Fabíola, pode se originar também neste momento de crise, que deixa lições para toda humanidade sobre o cuidado coletivo, a empatia e o viver em sociedade: “É o momento de ensinar valores e princípios”.