“A mulher que é obrigada a dar a luz, vítima de um estupro, ela morre psicologicamente”, diz especialista
Opinião desta quarta-feira (26), abordou os problemas e desafios da educação sexual nas escolas
26/08/2020 22h45
O Opinião desta quarta-feira (26), discutiu as problemáticas e os desafios da educação sexual nas escolas. A ginecologista e coordenadora do programa “Saúde do Adolescente”, do Estado de São Paulo, Albertina Duarte Takiuti, e a pedagoga e gerente de “Gênero e Incidência Política” na Plan International Brasil, Viviana Santiago, abordaram o assunto e ainda falaram sobre o abuso sexual e a descriminalização do aborto.
“A mulher que é obrigada a dar a luz, vítima de um estupro, ela morre, ela morre psicologicamente, o seu corpo chora inteiro, mas ela tem risco também de morrer no parto e durante a gravidez. Tem risco também do seu bebê morrer ao nascer ou nascer com problemas, são dois crescimentos, o dela e o do bebê”, disse a ginecologista Albertina Duarte Takiuti.
A coordenadora do programa “Saúde do Adolescente” também alertou para dados que não geram tanta repercussão mas são alarmantes: “Das 26 mil adolescentes que deram a luz nos últimos dados, 23 morreram. Praticamente, a cada 1000 crianças que dão a luz, uma morre. Mas as que quase morrem ninguém fala”, disse ela.
Ela é a favor da educação sexual nas escolas como forma de instruir os adolescentes que já abordam o assunto naturalmente: “Existe sim uma educação oculta nos intervalos, nos banheiros, durante todo o espaço, os adolescentes falam sim sobre sexualidade. E por que não aproveitar esse espaço importante para se discutir os riscos, os desafios, a segurança?”, questionou.
A pedagoga Viviana Santiago ainda completa: “Se tem um assunto que atravessa a vida de crianças e adolescentes, esse assunto deve ser discutido na escola”.
Assista o programa na íntegra:
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