A juíza Ruth Bader Ginsburg, magistrada mais antiga da Suprema Corte dos Estados Unidos, morreu nesta sexta (18) aos 87 anos, devido a complicações de um câncer ne pâncreas. 

A notícia levantou um debate sobre a sucessão de Ginsburg que deve impactar significativamente a corrida eleitoral, marcada para o início de novembro. Juízes da Suprema Corte têm mandato vitalício ou podem escolher a aposentadoria. Agora, o presidente Donald Trump tem a oportunidade escolher um substituto que pode fortalecer a maioria conservadora entre os nove magistrados.

Ginsburg foi a segunda mulher da história a integrar a Suprema Corte e é considerada pioneira na luta pela igualdade de gênero. Ela foi indicada em 1993 pelo então presidente Bill Clinton. Símbolo feminista, ela teve sua vida retratada em 2018, no filme 'Suprema', com Felicity Jones no papel principal, e no documentário 'RBG', do mesmo ano. 

Embate pela sucessão 

Donald Trump já nomeou dois outros juízes da Suprema Corte durante seu mandato, e uma terceira indicação estabeleceria 6 magistrados com tendência conservadora contra 3 de alinhamento mais liberal. A potencial escolha de Trump ainda precisa ser aprovada pelo Senado. 

Uma situação similar ocorreu em 2016, ano eleitoral e fim do mandato de Barack Obama, com a morte do então juiz Antonin Scalia. O indicado foi Merrick Garland, mas o Senado, majoritariamente republicano, recusou a nomeação sob a justificativa de que o próximo presidente eleito deveria escolher um juiz, e não Obama, que estava prestes a deixar o cargo. Hoje, o Senado ainda é de maioria republicana, o partido de Trump.