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Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Cultura, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta falou sobre os atritos com o presidente Jair Bolsonaro que resultaram na sua ruptura com o governo em abril. 

Para o ex-ministro, que agora lança o livro Um Paciente Chamado Brasil, o grande problema foi a divergência com o presidente a respeito de como conduzir a crise da pandemia. "A população ficava muito insegura de não saber se era orientada pelo Ministério da Saúde ou se escutava o presidente", diz.

"[Bolsonaro] tinha muito mais uma percepção política", afirma Mandetta sobre sua saída do governo. Na visão dele, o presidente e as pessoas que estavam no seu entorno preferiram diminuir a participação do ministério na crise e atribuir responsabilidade a outras autoridades, como prefeitos e governadores. "Acho que foi muito mais uma decisão política à parte da verdade científica que eu sempre coloquei, sempre expus de maneira muito clara", afirma.

"Entre a vida e a morte, eu fiquei com a vida. Entre a saúde e a doença, eu fiquei, claramente, com a saúde e informei os brasileiros. Talvez isso tenha sido o maior ponto de atrito: a maneira como o Ministério da Saúde quando eu estava lá encarou o problema e a maneira como o presidente decidiu encarar o problema", avalia.

Sobre suas pretensões políticas para o futuro, o ex-ministro só descarta a possibilidade de ser deputado federal novamente e afirma que embora  a experiência tenha sido importante, sente que já deu sua colaboração nessa área e não pretende se candidatar outra vez.

Quanto a outras opções na política, ele afirma: "Acho que tudo nasce da necessidade, da necessidade da sua voz. Eu vou ser sempre uma pessoa que vai falar o que pensa, como interpreta, como enxerga o Brasil. [...] Eu vou estar do lado daqueles que querem melhorar esse país, mas jamais como algo pessoal, jamais como um ponto de princípio unitário".

Assista às duas partes da entrevista no Jornal da Cultura: