Serviços de saúde mental diminuíram durante a pandemia, diz OMS

Um levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última segunda-feira (5) revelou que os serviços de saúde mental diminuíram durante a pandemia em todo o mundo.

A pesquisa realizada em 130 países mostra que 93% dos governos, entre eles o brasileiro, disseram que interromperam algum tipo de atendimento a saúde mental desde o início da pandemia.

Em 67% dos países houve paralisação dos serviços de terapia; 60% interromperam os cuidados para as pessoas mais vulneráveis, como crianças, adolescentes e idosos; 65% fecharam os programas de tratamento de dependência química; 35% interromperam as intervenções de emergência para pessoas com convulsões prolongadas, delírios ou síndromes de abstinência.

No estudo, a OMS reforçou que a saúde mental é a área que menos recebe recursos dos orçamentos de saúde, com uma média inferior a 2%. Antes do cenário da pandemia, a perda de produtividade por depressão e ansiedade entre os trabalhadores já era estimada em cerca de R$ 5 trilhões.

No próximo sábado, a OMS fará um evento online que contará com a participação de grandes artistas como Lady Gaga, para estimular mais investimentos na área da saúde mental como resposta aos danos da pandemia do novo coronavírus.