A produção da Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, deve atrasar no Brasil por conta da importação de matéria-prima.
O diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou que, em setembro, foi feito um pedido para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de importação do insumo necessário para a produção do imunizante. Porém, nesta quinta-feira (22), a agência pediu mais informações.
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"30 dias depois, recebemos um pedido de informações adicionais e a notícia de que o processo será apreciado no dia 4 de novembro", disse Dimas Covas.
Segundo o Butantan, neste mês, chegariam 6 milhões de doses já prontas da Coronavac, feitas pela farmacêutica chinesa, e, com a matéria-prima importada da Sinovac, o instituto produziria mais 40 milhões de doses.
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A vacina chinesa está na fase três de testes no Brasil. De acordo com o diretor do Butantan, entre a chegada da matéria-prima, a fabricação, os testes de qualidade e a liberação do imunizante são necessários cerca de 45 dias. O governo paulista pretendia começar a vacinação ainda neste ano.
"Não vamos mais cumprir o prazo de entregar 46 milhões de doses no final de dezembro. Então, isso nos preocupa muito e eu apenas solicitei à Anvisa que agilizasse esse processo, porque o interesse na vacina é um interesse nacional, é um interesse de todos os brasileiros", declarou Dimas Covas.
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Em nota, a Anvisa disse que a decisão de importação de insumos para o Instituto Butantan deve sair, no máximo, em cinco dias.
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