Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Faz tempo que as mulheres perceberam que estão trabalhando muito mais desde que entraram em home office. Por isso, não causa surpresa a pesquisa da Workana confirmar essa desigualdade: 31,3% das latino-americanas cuidam dos filhos enquanto trabalham. Entre as brasileiras, esse percentual sobe para quase 50%.

Entre os homens brasileiros, apenas 11,1% disseram acumular as duas tarefas. Ou seja, cuidar dos filhos – que inclui ajudá-los com as lições de casa – se tornou mais uma responsabilidade da mulher, que já está sobrecarregada com os serviços domésticos.

Com tanta coisa para fazer, as mulheres acabaram tendo mais dificuldades de concentração no trabalho que seus pares masculinos (veja tabela abaixo).

 MulheresHomens
Ansiedade28%8,33%
Dificuldade de concentração24%17,71%
Estresse5%7,29%

Por que essa desigualdade? Os motivos são vários e não são novos. O problema é que a pandemia agravou a desigualdade ao transferir para casa o trabalho que era desempenhado nos escritórios. Os cuidados com a casa por muito tempo foram vistos como uma responsabilidade feminina. Ao levar o trabalho do escritório para o lar, homens e mulheres não assumiram as novas obrigações de maneira igual.

Daniel Schwebel, country manager da Workana no Brasil, diz que essa desigualdade reflete muito das questões culturais que estão enraizadas em nossa sociedade. “Se a gente voltar 100 anos na história, os homens trabalhavam e as mulheres cuidavam da casa. Hoje, as mulheres também saem para trabalhar, trazem dinheiro para a casa, mas as tarefas do lar não foram divididas de forma igual.”

Mas ele acredita que essa diferença será reduzida aos poucos. “Essa é uma questão cultural, que está sendo quebrada. Conheço vários casos em que as mulheres trabalham e os homens cuidam da casa. Eu mesmo ajudo com a casa e com os filhos.”

O que mais que a pesquisa mostrou? Que 50% dos entrevistados estão muito satisfeitos com esse modelo de trabalho. Para 42,6%, a produtividade é excelente. Por outro lado, o maior desafio das empresas é o manter a produtividade das equipes.

Quais os benefícios do trabalho remoto? O maior deles foi a economia com o deslocamento até o trabalho:

  • Economia de tempo: 32%
  • Equilíbrio entre vida pessoa e profissional: 24,6%
  • Maior gestão do tempo:17,2%
  • Maior nível de produtividade: 16,4%
  • Maior satisfação no trabalho: 4,1%

E o que as pessoas estão fazendo com o tempo economizado? Só 20,9% disseram que estão passando mais tempo com a família. E 3% não estão fazendo nada. Mas tem muita gente estudando, se exercitando e meditando.

Para Daniel Schwebel, as pessoas perceberam que precisam retomar algum tipo de atividade tendo em vista que o home office vai durar muito mais tempo. “Não dá para ficar mais tempo sem fazer nada. No começo, quando as pessoas achavam que a pandemia duraria pouco, muita gente não fez nada.”

E qual o futuro do trabalho? Schwebel diz que o futuro do trabalho deve ser híbrido para muita gente, com alternância de períodos de trabalho presencial com remoto. “As empresas já viram que dá certo trabalhar de casa, muitas nem planejam voltar. Mas outra já começaram a retornar com algum tipo de flexibilidade.”

Como será o trabalho no pós-pandemia? Uma das tendências, segundo Schwebel, é a do professional-centric (centrado no profissional), em substituição ao office-centric (centrado no escritório).  O que significa isso? Primeiro, é que o trabalho pode ser desempenhado de qualquer lugar, não apenas no escritório ou em casa. “A pessoa pode estar dentro do carro ou na casa da sogra e estar trabalhando, o trabalho não depende mais do local em que se está.”

Outra diferença, segundo ele, é que o processo decisório não será apenas de cima para baixo. “Há uma troca maior de conhecimento entre as equipes. Não é apenas uma única opinião que conta”, afirma ele.