6 minutos

Alemanha planeja lockdown parcial de um mês para conter pandemia

Em meio à segunda onda de coronavírus na Europa, a chanceler alemã Angela Merkel pressiona por restrições mais rígidas à mobilidade e contatos, que incluem o fechamento de bares, restaurantes e estabelecimentos de lazer até o fim de novembro.


28/10/2020 10h52

Em meio à segunda onda de coronavírus na Europa, a chanceler alemã Angela Merkel pressiona por restrições mais rígidas à mobilidade e contatos, que incluem o fechamento de bares, restaurantes e estabelecimentos de lazer até o fim de novembro.

Merkel também pedirá aos cidadãos que mantenham os contatos privados a um mínimo e evitem todas as viagens particulares não essenciais, de acordo com documento preliminar do governo federal obtido pela Bloomberg. O documento servirá de base para as discussões de Merkel com os premiês regionais na quarta-feira, antes de anunciar as medidas acordadas.

Como muitos dos líderes europeus, Merkel teve de agir em meio ao aumento dos casos de coronavírus, que ganham ritmo desde o início de agosto com pessoas que não observam regras de higiene e distanciamento em viagens, reuniões sociais ou familiares.

Merkel se comprometeu a fazer todo o possível para evitar a imposição de outro rígido lockdown como o decretado na maior economia da Europa no segundo trimestre. As novas medidas – que entrariam em vigor em 4 de novembro – têm o objetivo de conter a propagação da Covid-19 e, ao mesmo tempo, permitir a continuidade das atividades, embora possam provocar protestos de associações empresariais e de cidadãos, já cansados do que consideram uma intrusão do governo.

Alguns estados podem não querer apoiar todas as propostas de Merkel e já levaram um vice-presidente da câmara baixa do parlamento a declarar a uma rádio nacional que não seguirá as novas regras.

“Aviso com urgência contra o alarmismo, que também pode levar a decisões erradas”, disse Wolfgang Kubicki, vice-presidente do Bundestag, do partido de oposição Democratas Livres, em entrevista à DLF.

O documento preliminar do governo observa que o rastreamento eficaz de contatos se tornou impossível em muitas partes da Alemanha e que, sem outras restrições, o crescimento exponencial do número de casos sobrecarregaria o sistema de saúde em poucas semanas e levaria a um aumento significativo de pacientes graves e mortes.

O governo de Merkel também planeja estender e aumentar a assistência a setores especialmente afetados pelas restrições, como hotéis e restaurantes. Será disponibilizado auxílio para trabalhadores autônomos e do setor de artes.

Os novos casos de coronavírus na Alemanha aumentaram 14.964 na quarta-feira, um recorde, para um total de 464.239, de acordo com dados do instituto de saúde pública RKI.

Enquanto governos buscam uma resposta eficaz, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentará um conjunto de propostas na quarta-feira antes de uma teleconferência no dia seguinte com líderes da União Europeia.

As medidas incluem a melhora do fluxo de dados em tempo real entre os estados membros, implementação de testes rápidos, expansão do uso de aplicativos de rastreamento móvel, incentivo aos países para acelerarem estratégias de vacinação e criação de protocolos comuns para retomar viagens seguras.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças