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Chip Somodevilla/Getty Images
Chip Somodevilla/Getty Images

Enquanto a contagem de votos da eleição presidencial dos Estados Unidos continua e amplia as chances de Joe Biden, o presidente Donald Trump novamente questionou o sistema eleitoral e acusou os adversários de fraude sem apresentar provas. 

"Se contarmos os votos legais, eu ganho facilmente. Se contarmos os votos ilegais, eles podem tentar roubar a eleição", afirmou o presidente em um discurso de cerca de 15 minutos na Casa Branca na noite desta quinta (5). Não há, entretanto, qualquer evidência de que cédulas preenchidas ou enviadas ilegalmente tenham sido contabilizadas. 

ABC, NBC e MSNBC, três das maiores emissoras de TV do país, interromperam a transmissão do discurso para anunciar que não existe base para as afirmações de Trump. "Estamos novamente na posição incomum de não só interromper o presidente dos Estados Unidos mas também corrigir o presidente dos Estados Unidos. Não há votos ilegais e não há vitória de Trump até onde temos conhecimento", disse o âncora Brian Williams, da MSNBC.

"Ele está fazendo, francamente, acusações falsas e afirmações sem base; isso não é ser parcial, é constatar um fato. Ele afirmou que venceu vários estados que simplesmente não foram projetados ou anunciados", afirmou a jornalista Linsey Davis, da ABC News. 

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"Há agora apenas alguns estados ainda não decididos na corrida presidencial. O aparato de votação é administrado em todos os casos por democratas", disse o presidente. Entretanto, os secretários de Estado em Nevada e Geórgia, dois dos estados indefinidos, são do partido Republicano. 

Trump também afirmou que observadores de seu partido foram expulsos dos locais de votação em Detroit, mas oficiais municipais mantém a posição de que os republicanos não foram impedidos de acompanhar a apuração. Protestos dentro e diante do órgão eleitoral tiveram gritos de "parem a contagem", frase que foi repetida pelo presidente no Twitter na manhã desta quinta.  

Sem abrir espaço para perguntas de jornalistas, o presidente leu seu pronunciamento - algo pouco característico para Trump, que costuma falar espontaneamente em coletivas e comícios - e repetiu várias afirmações que tem feito desde a noite da eleição. Além de atacar a mídia e as pesquisas eleitorais, ele voltou a questionar a virada "milagrosa" de Biden depois da contagem de votos por correio em estados que começaram a apuração com liderança republicana. 

Trump ainda prometeu continuar a brigar judicialmente pela interrupção das contagens em vários estados americanos. Nesta quinta, a equipe do presidente perdeu ações judiciais que tentavam frear a apuração nos estados de Michigan, onde Biden virou e venceu, e na Geórgia, onde a vantagem de Trump caiu vertiginosamente ao longo do dia. Em Wisconsin, que registrou vitória democrata por uma margem de menos de 1%, Trump afirmou que vai pedir uma recontagem.


Reta final

Conforme os últimos votos são apurados, a vitória de Biden parece provável, mas ainda é incerta. O resultado está em aberto nos estados da Geórgia, Pensilvânia, Carolina do Norte, Alasca, Arizona e Nevada. 

Embora algumas agências considerem certo o domínio de Biden no Arizona, o que o colocaria a 6 delegados da presidência, a apuração no estado nesta quinta diminuiu a margem entre os dois candidatos. A apuração em Nevada caminha a passos lentos, mas tende a favorecer os democratas.

Já os estados com liderança de Trump - Geórgia, Pensilvânia e Carolina do Norte - têm margens cada vez mais apertadas e chance de virada: na Geórgia, o republicano está na frente por apenas 2.500 votos, com 98% das urnas apuradas.