Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Eventuais incômodos no trabalho são uma sensação comum e até um tanto normal. Mas em algumas situações eles se tornam constantes, ainda que você troque de empresa ou de chefe. Se essa for sua realidade, pode ser um sinal de que a solução seja uma transição de carreira.

Mas esse não é um processo simples, muito menos rápido. Para uma transição ser eficaz, e de fato reduzir seus incômodos, é melhor que você primeiro se responda algumas questões. E só depois articule o movimento rumo a um novo trabalho.

O autoconhecimento é peça-chave no processo.

Antes de qualquer coisa, entender o que te incomoda atualmente e qual seu estilo de vida desejado é fundamental em uma transição, afirmam Lella Sá, consultora de transição de carreira, e Marcela França, facilitadora de desenvolvimento pessoal dentro de empresas e escolas.

Listando os incômodos

Tente responder:

• O que hoje na vida está pesado e não aguenta mais?
• O que está ‘pulsando’, te empolga, e você gostaria de levar adiante?
• Quais são os lugares em que de alguma forma você se sente atropelado?
• Quem são as pessoas com as quais não se sente você mesmo perto elas? Por que?

O processo de responder por si só já ajuda a clarear alguns caminhos e o que exatamente você não quer mais. E isso ajuda na escolha de que postos você gostará de assumir ou não.

“Para se movimentar é preciso energia. Hoje, o que acontece é que muita gente se esgota e quer uma nova vida repentinamente”, observa Lella. A dica é: entenda os incômodos para tentar resolver ao menos parte deles no momento presente, já que a transição não vai se dar do dia para a noite.

Estilo de vida

Para Marcela, é crucial reconhecer que temos várias áreas na vida, mas no fim do dia somos um só. É melhor não separar o pessoal do profissional. Considere as duas esferas e responda:

• Como é um dia ideal para você?
• Quais as atividades, horários em que você se sente melhor e mais produtivo?
• Que resultado você quer ter com seu trabalho?
• Quais suas prioridades pessoais e profissionais?
• De quem você quer estar perto?

Agora olhe para o presente, identifique o quão longe você está do seu estilo de vida desejado. E comece a pesquisar opções de postos de trabalho mais próximos do que você quer.

É importante lembrar aqui que ideal é uma coisa e realidade é outra. A ideia é aproximar os dois mundos, mas tenha em mente de desprazeres acontecem. “O estilo de vida ideal é construído, ainda que a sociedade imediatista queira resultado para ontem”, diz Lella.

Segurança financeira

Marcela, que viveu uma transição de carreira na pele, decidiu que ia conciliar a vida de advogada (de onde saiu) para a facilitadora de autoconhecimento (onde está) por dois anos. É essa a recomendação genérica para quem está planejando uma transição: uma ‘jornada dupla’ para se manter financeiramente saudável até que seja possível se estabilizar na nova ocupação.

Lella defende a estratégia, e nos casos em que a transição se dará via empreendimento de forma autônoma, a consultora sugere a estruturação de um fundo para bancar a transição. “Não use as suas reservas atuais para isso”, alerta.

Outra dica é pensar em trabalhos intermediários. Se o atual emprego está muito distante do que faz sentido para você, experimente trocar por um mais alinhado. Com isso você ganha tempo, mantém uma renda fixa e vai amadurecendo melhor o processo.

Preste atenção nos seus medos

Toda mudança é cheia de medos. Alguns nos sabotam e outros nos resguardam. O medo de não ter dinheiro para comer ao fazer a transição é do tipo que resguarda. E avisa que é preciso estudar maneiras de arcar com as despesas mínimas, afirma Lella.

O medo de ser visto como louco ou não ser desejado por estar fazendo a transição é do tipo que sabota. Para Lella, “a imagem do outro sobre nós não deve ter mais efeito que a própria imagem que fazemos”.

E para Marcela, é importante perceber que muitas vezes o medo de não ter dinheiro fazer o que gosta está mais para crença limitante do que para medo de fato.

Outras ferramentas

Além das perguntas já citadas aqui, há algumas ferramentas visuais que ajudam na apuração das percepções sobre o que te faz se sentir mais vivo na sua vida como um todo (no trabalho e fora dele).

Ikigai – para entender o seu trabalho ideal
É uma metodologia japonesa que ajuda a perceber as intersecções entre a vida pessoal e profissional. Na essência, o Ikigai é o ponto em comum entre o que você ama fazer, o que faz bem, o que poderia receber para fazer, e o que o mundo precisa. Há vários modelos disponíveis na internet.

Roda da vida – para analisar qualitativamente seu atual momento de vida
É um círculo divido em cerca de 12 partes, e cada uma representa aspectos pessoais e profissionais como Você dá uma nota de 0 a 10 para as percepções de áreas como saúde e disposição, família, realização e propósito, recursos financeiros, realização no atual trabalho, qualidade da vida social.