O laboratório alemão BioNTech anunciou nesta terça-feira (22) que, em seis semanas, poderá produzir uma vacina adaptada à nova mutação do coronavírus. Ao lado da farmacêutica norte-americana Pfizer, a empresa produziu um dos imunizantes contra a Covid-19, que já está sendo usado em vários países.
"A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos diretamente começar a conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação", afirmou Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão, durante entrevista coletiva.
Detectada inicialmente no Reino Unido, a variante já se espalhou pela Europa e chegou à Austrália. Como medida preventiva, 40 países cancelaram voos procedentes ou com destino a Londres.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mutação não está "fora de controle". Embora ela se propague de forma mais rápida, a organização esclareceu que a variante pode ser contida.
Pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz informaram que o surgimento de mutações não constitui novidade. Eles acrescentaram que, no Brasil, o coronavírus já apresentou algumas variantes desde o início da pandemia.
Ainda neste mês, a Pfizer e a BioNTech fornecerão 12,5 milhões de doses da vacina aos 27 países da União Europeia (UE), que devem dar início à imunização no dia 27 de dezembro. A vacinação exige duas doses, com intervalo de três semanas.
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