Um estudo inédito foi publicado pela revista científica britânica The Lancet nesta semana, que analisou o impacto da Covid-19 e do acesso aos equipamentos em relação à mortalidade hospitalar. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, por exemplo, a necessidade de hospitalização e a mortalidade foram maiores do que em outras partes do país.
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Segundo o relatório, o percentual de brasileiros internados, que morreram no hospital foi de 50% no Norte. Seguido pelo Nordeste, 48%; Centro-oeste, 35%; Sudeste, 34% e Sul, 31%.
As disparidades regionais são ainda maiores entre os pacientes que faleceram nas unidades de terapia intensiva: quase 80% no Norte. Depois, Nordeste, 66%; Sul, 53%; Centro-oeste, 51% e Sudeste 49%.
A pesquisa analisou informações mais robustas sobre a Covid-19 no Brasil. Os dados se referem aos primeiros seis meses de pandemia, de 16 fevereiro a 15 agosto. Quase 50% dos mais de 250 mil hospitalizados neste período tinha menos de 60 anos. A maioria era homem e 74% tinham alguma comorbidade.
Pretos e pardos morreram mais quando comparadas a outras raças: pretos e pardos: 43%; 42% indígenas; 40% asiáticos; 36% brancos. A mortalidade também foi maior entre os brasileiros com baixa escolaridade: 63% eram analfabetos, 30% tinha ensino médio e 23% eram graduados.
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