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Regina Duarte é criticada após questionar vacina da Covid-19 nas redes sociais: "Não impede a morte"

Atriz e ex-secretária especial da Cultura publicou texto que joga dúvida sobre a utilidade das vacinas; imunização é o caminho para controlar pandemia, reforçam especialistas.


22/01/2021 18h15

Regina Duarte, atriz e ex-secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro, recebeu críticas nesta quinta (21) após fazer uma publicação que questiona as vacinas contra a Covid-19.  

Dividido em várias imagens e atribuído a Mônica Fraga, o texto postado pela atriz no Instagram coloca em dúvida a utilidade da vacinação no combate à pandemia. 

Depois de citar orientações reforçadas por especialistas mesmo depois da imunização, como a continuidade do uso de máscaras e distanciamento social, a publicação argumenta que a vacina não elimina o coronavírus ou evita mortes. "Que diabos esta vacina está realmente fazendo?", questiona.

Embora a vacinação contra a Covid-19 já tenha começado no Brasil e em outros países, a imunização, de fato, não permitiu que o mundo volte à normalidade: medidas como o uso de máscaras, isolamento, distanciamento social e restrições no comércio e serviços ainda são recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde). 

Leia também: Anvisa libera uso emergencial de lote de 4,8 milhões de doses da Coronavac

Isso não quer dizer, porém, que a vacina é inútil no combate à pandemia. O site da campanha #TodosPelasVacinas, iniciativa da comunidade científica contra desinformação sobre a Covid-19, explica a necessidade de uma grande cobertura vacinal para controlar o vírus: "Para uma vacina ser eficaz no indivíduo e na comunidade, ela deve cobrir uma porção determinada da população. Essa quantidade de pessoas depende do tipo de vacina e do patógeno. Uma cobertura vacinal alta previne pessoas vulneráveis a infecções, como pacientes com o sistema imunológico debilitado, recém-nascidos e idosos. Esse fenômeno de proteção indireta é chamada de imunidade de grupo".

Com apenas uma semana de vacinação em grupos prioritários e entraves no recebimento de insumos e doses de outros países, o Brasil tem um longo caminho até atingir a cobertura vacinal necessária para diminuir o contágio.

A postagem também trata de questões individuais, como a permissão para deixar de usar máscara ou abraçar familiares. Os cientistas destacam, entretanto, que a vacinação é uma iniciativa coletiva e deve ser vista como tal. "Quando você se vacina, você não protege apenas a si mesmo, mas também as pessoas que você ama e que por algum motivo não podem tomar certos tipos de vacina", explica o site da campanha. 

Segundo informações da OMS, as vacinas salvam cerca de 3 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.

Eficácia da vacina

A Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é o imunizante que está sendo aplicado atualmente no Brasil. A vacina se mostrou eficaz diante dos parâmetros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que exige um mínimo de 50%, e foi aprovada para o uso emergencial.

Nos testes realizados no Brasil, a vacina garantiu 78% de proteção nos casos leves da Covid-19 e proteção total (100%) em casos moderados e graves, além de zerar a necessidade de hospitalização.

Para especialistas como a microbiologista Natália Pasternak, esses resultados mostram potencial para controlar a pandemia e desafogar o sistema de saúde: "Nós temos uma vacina potencialmente capaz de previnir doença grave e morte. E, afinal de contas, era tudo isso que a gente queria desde o começo. A gente nunca falou no começo da pandemia: 'eu quero a vacina perfeita'. A gente falou: 'eu quero uma vacina que nos permita sair dessa situação pandêmica'. E isso a Coronavac tem o potencial de fazer".

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