O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) protocolou uma ação pedindo para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abra investigação sobre o gasto de R$1,8 bilhão do Governo Federal em alimentos e bebidas no ano passado. O gasto foi divulgado pelo Metrópoles.

Dentre os gastos do Governo Federal, estão R$ 21.487.785,31 em iogurte natural, R$ 15.641.777,49 em leite condensado, R$ 31.545.337,34 em refrigerante, R$ 18.530.214,29 em sal e R$ 7.189.504,72 em bacon defumado.

Segundo a reportagem, o gasto em alimentos equivale a um aumento de 20% em relação a 2019. Os dados foram obtidos no Portal de Transparência do Governo.

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O valor pago em leite condensado é cinco vezes maior que o repassado para o Instituto Nacional De Pesquisas Espaciais (Inpe) para fazer o monitoramento de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do país. Segundo dados levantados pela consultoria Rubrica, o Inpe recebeu R$ 3 milhões e duzentos mil reais no mesmo período.

Nesta quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro falou, em evento privado sobre a polêmica.

"Não é para a presidência da República essa compra de alimentos, até porque a nossa fonte é outra. Para alimentar 370 mil homens do exército brasileiro, também programas de alimentação via Ministério da Cidade, Ministério da Educação. Se me acusam disso, é sinal que não tem do que me acusar", justificou o presidente, que aproveitou a ocasião para ofender a imprensa pela divulgação da notícia. "Vai pra p* que o pariu. Imprensa de m* essa daí. É pra enfiar no r* de vocês aí", disse em vídeo publicado pelo jornalista Samuel Pancher, no Twitter.

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