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"Esperamos que quem tomar a vacina terá proteção contra as novas variantes”, afirma virologista da UFRJ

Em entrevista ao Jornal da Tarde, Amílcar Tanuri falou sobre as novas cepas do novo coronavírus e a relação delas com os imunizantes


03/02/2021 19h47

Em entrevista ao Jornal da Tarde esta quarta (3), o virologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Amílcar Tanuri falou sobre a possibilidade de queda de eficácia das vacinas contra a Covid-19 em relação às novas variantes do vírus que estão circulando no Brasil e no mundo.

De acordo com Tanuri, apesar das novas mutações do novo coronavírus apresentarem modificações que diminuem a ligação dos anticorpos a ele, os imunizantes ainda podem ser úteis no combate à doença. 

“Quando se é vacinado, é produzido uma série de outros anticorpos. Esses anticorpos formam uma barreira alta, na qual a variante não consegue passar. Quando a gente faz o teste em pessoas que tomaram alguma das vacinas, vemos que o soro dessas pessoas tem neutralizado o variante, mas em uma quantidade menor. Esperamos que quem tomar a vacina terá proteção”, comenta.

Durante as festas de fim de ano foi comum observar atos de desrespeito às medidas de segurança e aglomerações. O virologista explica que, por causa desse fator, é difícil determinar se as novas cepas são realmente mais infecciosas ou se o crescimento do número de casos se deu devido as pessoas que estavam em isolamento saírem da quarentena para comemorar o natal e ano novo.

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“O que nós sabemos é que essas variantes começaram a circular no Brasil e no mundo, com mais frequência, depois do mês de dezembro. Elas também tiveram a chance de se multiplicar rapidamente porque encontraram pessoas suscetíveis, que não tiveram a doença lá atrás no começo da pandemia e agora estavam saindo na rua se expondo. Não sabemos se essa mutação é mais infecciosa ou se achou pessoas mais suscetíveis a infecção”, pondera.

O especialista reforça que é importante que a população não baixe a guarda e continue com os cuidados básicos para frear o contágio e o surgimento de novas variantes. “Devemos manter o pessoal de máscara, o distanciamento social, vacinar o mais rápido possível e testar as pessoas sintomáticas com teste rápido”, explica.

Ele também alerta que é importante descentralizar os testes de detecção, para que o paciente que sentir sintomas não tenha que se deslocar pela cidade em busca de um diagnóstico, propagando a doença.

Veja a entrevista completa que foi ao ar esta terça (3) no Jornal da Tarde.

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