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Na madrugada deste domingo (20), Lorena Muniz, mulher trans vítima de omissão de socorro em um incêndio, teve morte cerebral confirmada pelo Hospital das Clinicas. Durante um procedimento para colocar próteses de silicone, houve um curto circuito no ar condicionado na clinica e iniciou um incêndio. Ela estava sob efeito de anestesia e não conseguiu reagir.

O caso chamou atenção de ativistas LGBTQ+ pelo fato dela não ter sido resgata. A deputada estadual Erica Malunguinho, a vereadora Erika Hilton, ambas do PSOL, e a família acusam a clinica de abandoná-la no local e não prestar o atendimento necessário.

Washington Barbosa, marido de Lorena, também acusa a clínica de mentir sobre o episódio, pois falaram que não houve nenhuma vítimas e todos estavam bem. O que deixou ele ainda mais revoltado é que o médico tinha uma fama por esse tipo de procedimento.

Entenda a história 

Muniz é moradora de Pernambuco, e veio a São Paulo para realizar um procedimento cirúrgico para aplicação de próteses mamárias. A operação estava marcada para o dia 17 de fevereiro. No momento que o procedimento começou, um dos aparelhos de ar condicionado do lugar apresentou problema e resultou em um incêndio. Ela estava sob efeito de anestesia, não conseguiu reagir e foi deixada no local.

Apenas quando chegou o corpo de bombeiros para controlar o fogo, ela foi socorrida. Muniz foi levada ao Hospital das Clinicas. Desde a chegada ao hospital, ela ficou respirando com ajuda de aparelhos. Mas ela não acabou resistindo e morreu.

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Desde o dia do incêndio, Washington Barbosa, marido de Lorena, usou as redes sociais para pedir ajuda para a esposa. Segundo ele, o médico que iria realizar a operação é famoso por esse tipo de procedimento. Além disso, a primeira parcela de R$ 4000 já tinha sido paga e a clinica não devolveu o dinheiro.

Barbosa não tinha condições financeiras de viajar de Pernambuco para São Paulo e esse dinheiro seria fundamental para ele dar o suporte necessário para a esposa. 

Quem prestou ajuda para Washington e Lorena foram as parlamentares Erica MalunguinhoErika Hilton. Desde o início do caso, a equipe jurídica das parlamentares estão auxiliando no caso.

Reação do caso

Pelas redes sociais, as duas prestarão solidariedade e exigiram uma investigação sobre o caso. Segundo Malunguinho: “Muitas meninas trans e travestis são vítimas de clínicas que realizam processos cirúrgicos que não garantem a segurança e qualidade dos procedimentos. É uma realidade no Brasil. Profissionais não habilitados, ambientes inadequados”.