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David Dee Delgado/Getty Images
David Dee Delgado/Getty Images

56 anos depois do assassinato de Malcolm X, a divulgação de uma carta escrita por um ex-policial de Nova York pode jogar nova luz sobre o caso. Em uma coletiva de imprensa realizada no último sábado (20) com a presença das filhas do ativista, foi apresentado um documento atribuído ao já falecido policial Raymond Wood, que confessou ter atuado como agente infiltrado em movimentos de direitos civis na década de 60. Na carta, ele acusa o Departamento de Polícia de Nova York e o FBI de participação na morte de Malcolm X. 

A coletiva foi organizada por Ben Crump, advogado especializado em direitos civis, e contou com a presença de Reggie Wood, primo do ex-policial, que leu a carta diante dos jornalistas. De acordo com o documento, Wood relembra sua participação nas ações policiais com remorso e solicita que sua confissão seja divulgada apenas após a sua morte.

"Meu trabalho era me infiltrar em organizações de direitos civis na cidade de Nova York em busca de evidências de atividade criminosa, de maneira que o FBI pudesse desacreditar e prender seu líderes", diz a carta. Ele afirma que uma de suas ações envolveu conspirar para a prisão de dois homens que faziam a segurança pessoal de Malcolm X dias antes do assassinato.

"Depois de testemunhar repetidos atos de brutalidade por obra de meus colegas (policiais), tentei me demitir, mas fui ameaçado com prisão por tráfico de drogas, crime que seria atribuído a mim se eu não obedecesse. Sob a direção de meus superiores, fui instruído a encorajar líderes e membros de grupos de luta por direitos civis a cometerem delitos", continua a confissão.
 


"Espero que essas novas informações sejam recebidas com a compreensão de que carreguei esses segredos com peso e me arrependo muito da minha participação nesses atos", termina o relato. 

O promotor do distrito de Manhattan, Cy Vance, anunciou em fevereiro de 2020 que a investigação sobre a morte de Malcolm X seria reaberta diante de novas informações sobre o caso. 

Em nota à imprensa, um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York prometeu cooperação com as novas investigações: "O Departamento de Polícia de Nova York disponibilizou todos os registros relevantes ao caso para o promotor do distrito. O departamento segue comprometido a auxiliar a análise dos fatos de todas as formas".