Em relato emocionante, divulgado em vídeo nesta terça-feira (5), Lima Duarte faz homenagem a Flávio Migliaccio e fala sobre a morte do amigo. "Eu te entendo, Migliaccio, porque eu, como você, sou do Teatro de Arena". Citando nomes do teatro como Paulo José, Chico de Assis, Augusto Boal entre outros. Ele relembrou a ânsia e necessidade de colocar o personagem brasileiro em cena na época.
Em quase 5 minutos de vídeo, Duarte contou sobre os tempos de ditadura militar, quando foi levado para o DOI CODI e o pedido ao amigo Dionísio Azevedo para tranquilizar suas filhas "Vai lá em casa e avisa que eles vieram me buscar. Diz para as minhas meninas que papai volta, papai volta". Aos 90 anos, o ator, em tom de desabafo disse “Agora, quando sentimos o hálito putrefato de 64, o bafio terrível de 68. Agora, 56 anos depois – eu tenho 90, você com 85 -, quando eles promovem a devastação dos velhos, não podemos mais”.
Ao encerrar o vídeo, citou uma frase da peça "Os Fuzis da Senhora Carrar", de Bertolt Brecht, dedicada que dedicou aos que ficam “Os que lavam as mãos o fazem numa bacia de sangue”.
Veja o vídeo de Lima Duarte abaixo:
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