A Rússia e a Ucrânia culparam uma à outra neste domingo (20) por violar o cessar-fogo promovido durante a Páscoa.
Vladimir Putin, que enviou tropas russas para a Ucrânia em fevereiro de 2022, ordenou que “todas as atividades militares fossem interrompidas” ao longo da linha de frente da guerra, que já dura três anos, até a meia-noite do horário de Moscou no domingo (20).
A trégua foi aceita por Volodymyr Zelensky no sábado (19), apesar de afirmar que isso se tratava, na verdade, de uma brincadeira com vidas humanas, citando um relatório que recebeu do comando de suas tropas, indicando que as forças seguiam em contraofensiva.
O presidente ucraniano disse que a Rússia estava fingindo respeitar o cessar-fogo, mas na verdade continuou com centenas de ataques de artilharia na noite de sábado (19), com mais ações sendo promovidas no domingo (20).
“Ou Putin não tem controle total sobre seu exército ou a situação prova que, na Rússia, eles não têm intenção de fazer um movimento genuíno para acabar com a guerra e só estão interessados em uma cobertura de relações públicas favorável”, expõe no X.
O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, afirma que a Ucrânia quebrou o acordo mais de mil vezes, causando danos à infraestrutura e provocando mortes de civis. De acordo com a pasta, os ucranianos dispararam contra posições russas 444 vezes, enquanto contabilizou mais de 900 ataques de drones ucranianos, incluindo ataques à Crimeia e às áreas de fronteira russa das regiões de Bryansk, Kursk e Belgorod.
“Como resultado, há mortes e ferimentos entre a população civil, bem como danos a instalações civis”, destaca.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou à agência estatal russa Tass que o cessar-fogo terminará às 18h deste domingo (20), no horário de Brasília (0h de segunda-feira no horário local), como previsto.
Leia também: Pancadas de chuva atingem São Paulo; Guarujá e Santo André registram altos mm de chuva
REDES SOCIAIS