Instituto Serrapilheira abre inscrições para programa de formação de futuros cientistas

O Instituto Serrapilheira abre nesta terça-feira (9) inscrições para um treinamento multidisciplinar com foco na formação de futuros cientistas.

O programa gratuito é voltado às pessoas com graduação completa ou que se formam até dezembro de 2021, em qualquer área. Além disso, é necessário ter conhecimento prévio de cálculo diferencial e integral, e domínio do inglês.

O "Programa de Formação em Biologia e Ecologia Quantitativa" irá preparar o jovem pesquisador com o uso da matemática, física e ciência da computação. Serão selecionados até 50 participantes, e os primeiros 500 inscritos terão preferência no processo seletivo.

As inscrições vão até 3 de maio pelo site do ICTP-SAIFR. O edital está disponível no site do Serrapilheira. Esta é a primeira edição do curso e, por causa da pandemia, será remota.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Serrapilheira, Hugo Aguilaniu, o objetivo do instituto é criar uma massa crítica de jovens cientistas do Brasil e da América do Sul, "que sejam talentosos e capazes de usar ferramentas matemáticas, de ciência da computação e da física para entender questões complexas das ciências da vida, como os ecossistemas tropicais e a neurobiologia fundamental".

O conteúdo do curso engloba desde genética moderna até ecologia comportamental. Os alunos terão contato com nomes de referência em suas áreas, como Oded Rechavi, neurocientista da Universidade de Tel Aviv, em Israel, que estuda características passadas entre gerações e que não estão no DNA. A matemática Corina Tarnita, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que desenvolve modelos matemáticos para entender a interação entre células, também estará no programa. 

Os estudantes podem conferir a lista completa de professores e tópicos aqui.

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"A expectativa do programa é ter um grupo coeso de cientistas com a capacidade de pensar a ecologia do Brasil de uma maneira transdisciplinar e, assim, encontrar soluções aplicáveis para problemas relacionados à conservação da biodiversidade e mudanças climáticas", completa Hugo Aguilaniu.