Nesta quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou duas propostas que facilitam a compra de vacinas contra Covid-19 pelo governo federal e pelo setor privado. Além de ampliar o Plano Nacional de Imunização (PNI), o que chamou atenção foi a mudança de declarações e atitudes em relação a gestão da pandemia.
A primeira mudança aconteceu durante encontro com apoiadores no Palácio da Alvorada durante a manhã. O presidente disse que não é negacionista e não é contrário às vacinas, e destacou a liberação de R$ 20 bilhões para a compra de imunizantes. Além disso, lembrou que fez a aquisição da vacina de Oxford em agosto.
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Um outro tom em comparação as falas de outubro do ano passado, quando desautorizou a compra de vacinas vindas da China e afirmou que “tem que ter uma validade da Saúde e uma certificação por parte da Anvisa também”, dando a entender que só compraria depois de aprovação no Brasil.
Também chamou atenção por parte do presidente foi o momento antes de sancionar as propostas de compra de vacina. Bolsonaro usou máscara em um evento oficial. A única vez que isso aconteceu em 2021 foi durante a abertura do ano legislativo do Congresso em 3 de fevereiro. Em todas as outras oportunidades, ele não usou a proteção facial.
Durante o discurso, ele também afirmou que o Brasil foi incansável na luta contra a pandemia, elogiou o programa do Auxilio Emergencial e citou o lockdown sem fazer críticas, pelo contrário, disse que a medida era fundamental para os hospitais se prepararem para receber pacientes.
As criticas contra as medidas de isolamento foi uma das marcas do presidente ao longo da pandemia. Já disse que, se dependesse dele, nunca adotaria o lockdown, e também falou que não é eficaz.
Filho do presidente também se manifesta
Outra manifestação que chamou atenção nesta quarta-feira (10) foi a de Flavio Bolsonaro (Republicanos/RJ), filho mais velho do presidente. Em suas redes sociais, o senador também defendeu a vacinação e afirmou que esse é o caminho para gerar empregos.
A manifestação do filho mais velho do presidente gerou repercussão. O deputado federal Rodrigo Maia (DEM/RJ) criticou a publicação de Bolsonaro e afirma que a mudança no discursso tem a ver com as eleições de 2022.
Possível influência de Lula
Depois da suspensão das condenações na Lava Jato, o ex-presidente Lula se manifestou pela primeira vez nesta quarta. Ele não se limitou a falar dele e fez fortes críticas ao atual governo federal.
“Esse país está totalmente desordenado e desagradado porque não tem governo. Vou repetir: esse país não tem governo. Esse país não cuida da economia, do emprego, do salário, da saúde, do meio ambiente, da educação, do jovem e da meninada da periferia. Ou seja, do que eles cuidam?”, disse o ex-presidente.
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