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O Governo Federal autorizou na segunda-feira (15) um teto de aumento de 4,88% no preço dos medicamentos. O reajuste deve entrar em vigor a partir do dia 1º de abril. No momento, o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) busca mudar este cálculo.

Esse aumento afeta diretamente os brasileiros que tomam medicamentos diariamente, como é o caso do aposentado Adão Alves de Souza. Por mês, ele gasta R$ 700 apenas em remédios, para colesterol, diabete, glaucoma, coração, depressão, entre outras doenças.

Além da sua aposentadoria, ele possui outras rendas que o ajudam e possibilitam a compra dos seus medicamentos. Entretanto, essa não é a realidade encontrada em todo o Brasil. “Eu não tenho apenas a minha aposentadoria, tenho outras rendas, então eu consigo comprar, mas um cidadão comum, só com a aposentadoria, não conseguiria comprar esses remédios”, relata.

A coordenadora do programa de Saúde do IDEC, Ana Carolina Navarrete explica que além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), entra uma fórmula de cálculo no reajuste. O fator de produtividade, concorrência e de preço dos insumos, que envolve variação cambial. “O IDEC teme que esse reajuste seja muito maior na prática, sentido pelo consumidor, por isso o ideal seria que a gente revisasse essa política e esse teto”.

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Para Cintia Senna, educadora financeira, duas ações que os consumidores podem tomar neste momento é tentar conseguir os medicamentos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pesquisar os preços na internet antes de realizar a compra. “Se ele não sabe como realizar esse processo por meio da internet, deve buscar ajuda dos vizinhos, parentes e amigos, para que ele possa fazer a pesquisa sem sair de casa e conseguir os descontos e benefícios”, explica Cintia.

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