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 Ernesto Carriço/NurPhoto/Getty Images
Ernesto Carriço/NurPhoto/Getty Images

Mesmo com a pandemia da Covid-19 desacelerando a economia mundial, o desmatamento de florestas aumentou. De acordo com dados da plataforma Global Forest Watch, mais de 4 milhões de hectares foram derrubados em todo o planeta, um aumento de 12% em comparação a 2019. O Brasil lidera o ranking de países que mais desmatou com quase um terço das perdas.

Apenas na Amazônia, foram destruídos 1,7 milhão de hectares. Uma extensão três vezes maior do que o segundo colocado na lista, a República Democrática do Congo. O desmatamento na maior floresta tropical do mundo em 2020 foi 15% maior do que em 2019.

Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace no Brasil, alegou que grande parte dessa destruição na Amazônia se dá pelo desmatamento ilegal e que essas pessoas não fazem home office. “Eles fazem parte de uma atividade ilegal e não seguem as regras”.

Outro território brasileiro que sofreu com o desmatamento no ano passado foi o Pantanal. A maior planície alagável do mundo sofreu 16 vezes mais perdas de floresta em comparação a 2019. Ao todo, 30% do bioma foi devastado pelas queimadas apenas em 2020.

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Segundo Suely Araujo, especialista do Observatório do Clima, um dos principais motivos para o aumento do desmatamento foi a falta de fiscalização. Por conta da pandemia, houve um enfraquecimento nas operações, monitoramento e controle por parte das autoridades.

Desmatamento pode impactar quem vive na cidade 

A destruição das florestas podem impactar diretamente a vida de quem mora na cidade. Batista fala que o desmatamento interfere no equilíbrio do meio ambiente, e faz com que seres humanos tenham contato direto com animais de floresta. Isso pode facilitar na disseminação de doenças.

“Diversas doenças emergentes se deram nesse ponto do desmatamento. Esse contato maior entre seres humanos e mamíferos, que possuem vírus e podem saltar de uma espécie para outra. Essas doenças podem apresentar as mesmas características da Covid-19”, alegou o porta-voz.

O desmatamento afeta diretamente no agronegócio, de acordo com Araujo. Ela fez uma análise que já mostra os produtores tendo que escolher sementes e plantas mais resistentes ao calor e menos umidade.

Assista a reportagem completa exibida no Jornal da Cultura: