Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (23), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, informou que o protocolo de estudo clínico da vacina Butanvac contra a Covid-19 foi enviado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com pedido de autorização de testes do imunizante em humanos.
"Hoje nós submetemos o protocolo de estudo clínico de fase 1 e 2. É um estudo que que tem uma duração máxima prevista de 20 semanas, mas que a partir da décima sexta ou sétima semana, nós poderemos ter os resultados de análise primária, e com isso, solicitar o uso emergencial [do imunizante] à Anvisa. Esperemos que isso ocorra no mais curto espaço de tempo possível", disse Dimas Covas, na ocasião.
"Nós não estamos falando aqui de um estudo clínico clássico, é um estudo de comparabilidade. Como já existem vacinas sendo aplicadas, a ideia por trás do estudo é comparar a resposta de segurança e de imunogenicidade dessa nova vacina com as demais, e com isso, demonstrar a sua eficiência",completou.
Covas também apontou que a vacina será rapidamente produzida no Brasil, de forma integral, e que não depende de nenhuma importação de matéria-prima. Ele informou que a fábrica do Instituto Butantan está liberada para iniciar a produção da Butanvac. "Esperamos ter entre os meses de junho e julho pelo menos 40 milhões de doses da vacina, que aguarda o resultado do estudo clínico", concluiu.
O vice-governador de São Paulo Rodrigo Garcia ressaltou que "assim que a Anvisa autorizar, estamos prontos para iniciar os testes. Então, quero crer que ainda em abril podemos ter tempo de iniciar os testes da Butanvac".
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