As eleições de 2022 não serão disputadas em um cenário de bonança econômica. Pelo menos é essa a leitura que o mercado faz para o ano que vem, de acordo com o Boletim Focus, pesquisa semanal com os principais agentes financeiros do país.
Na edição desta segunda-feira (17) do Focus, o mercado elevou de 6,25% para 6,5% a expectativa da taxa básica de juros, apostando na resiliência da inflação tanto neste ano quanto no ano que vem. Para 2020, a projeção para a Selic foi mantida em 5,5%.
Qual a relação entre juros e inflação? A elevação dos juros é uma estratégia clássica para conter o consumo e, consequentemente, o aumento dos preços. E, pela sexta semana seguida, o mercado aumentou a sua previsão para a inflação neste ano, que passou de 5,06% para 5,15%. Houve também elevação da expectativa para o IPCA no ano que vem, que pulou de 3,61% para 3,64%.
E o crescimento da economia? A inflação maior também é reflexo de uma retomada mais forte da economia. O PIB, que mede a soma de todas as riquezas produzidas no país, deve crescer 3,45% neste ano. A previsão anterior era de 3,21%. Para o ano que vem, a expectativa também é de expansão da economia, mas com uma velocidade mais modesta, de 2,38%.
E o dólar? O mercado revisou mais uma vez para baixo a expectativa de cotação do dólar frente o real. A previsão é que a moeda norte-americana feche este ano negociada a R$ 5,30, e o ano que vem a R$ 5,35.
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