No dia 17 de maio celebra-se o Dia Internacional contra a LGBTfobia. Nesta data, em 1990, a OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou de considerar a homossexualidade como uma doença e a retirou da CID (Classificação Internacional de Doenças).
De acordo com relatório feito pelo Grupo Gay da Bahia, em 2019, 35,55%
das mortes de pessoas LGBTQIA + ocorreram na residência da vítima, enquanto 21,58% ocorreram em vias públicas. O relatório também aponta que 329 LGBTs tiveram mortes violentas no Brasil, vítimas da homotransfobia: 297 homicídios (90,3%) e 32 suicídios (9,7%).
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) aponta que, no ano de 2019, foram confirmadas informações de 124 assassinatos de pessoas trans, sendo 121 travestis e mulheres transexuais e 3 homens trans. Destes, apenas 11 casos tiveram os suspeitos identificados, o que representa 8% dos dados, e somente 7% estão presos.
Também segundo a ANTRA, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo. "O Brasil naturalizou um projeto de marginalização das travestis. A maior parte da população trans no país vive em condições de miséria e exclusão social", segundo dossiê feito pela Associação.
Entretanto, a busca pela ampliação da diversidade dentro das empresas aumentou nos últimos anos. Segundo a TransEmpregos, maior e mais antigo projeto de inclusão da população trans no mercado de trabalho, o número de companhias que começaram a abrir vagas de emprego voltadas exclusivamente ao público trans saltou de 11, em 2014, para quase 900 em 2021.
Em relação à pandemia do novo coronavírus, um levantamento feito pela #voteLGBT em parceria com a Box 1824, produzido em junho de 2020, apontou que o maior dano causado para a população LGBTQIA+ no período se relaciona à saúde mental. Para 42,72% este foi o maior impacto, seguido por dificuldades em se adaptar às novas regras de convívio (16,58%); solidão ( 11,74%); falta de fonte de renda (10,62%) e falta de trabalho (7%).
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Neste dia, políticos e famosos usaram as redes sociais para pedir respeito à população LGBTQIA+. Veja abaixo:
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