Um grupo técnico formado a convite do Ministério da Saúde preparou um documento preliminar com orientações sobre o uso de cloroquina, azitromicina, ivermectina e outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. O texto desaconselha o uso desses remédios contra o coronavírus.
"Alguns medicamentos foram restados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população", afirma o documento.
O documento é intitulado como “Diretrizes Brasileiras para Tratamento Hospitalar do Paciente com Covid-19”. Ele faz parte da elaboração de um protocolo único sobre como os infectados devem ser atendidos nos hospitais. O texto também aborda temas, como intubação, oxigênio e outros cuidados hospitalares.
Agora, o documento será analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Também será colocado em consulta pública por um período de 10 dias e depois pode vir a ser adotado como uma nova orientação do governo federal sobre o tema.
Mudança na Orientação
Caso o documento for aprovado pela Conitec, será a primeira vez durante a pandemia que o Ministério da Saúde divulgará um documento desaconselhando esses remédios para tratar a Covid-19.
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Durante a antigo gestão na pasta, Eduardo Pazuello mudou o protocolo para permitir a prescrição de cloroquina para pacientes com sintomas leves para Covid-19 a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Em depoimento a CPI da Covid, o atual ministro Marcelo Queiroga falou sobre a cloroquina e afirmou que a questão deve ser decidida pela Conitec.
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