Em seu depoimento à CPI da Covid, Eduardo Pazuello foi questionado pelo relator da comissão Renan Calheiros sobre a compra da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pela Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Na ocasião, Renan pergunta como Bolsonaro deu a ordem para que não fosse feita a compra do Butantan.
"Ele falou publicamente. Nunca falou para que eu não comprasse um 'ai' do Butantan. Nunca me deu ordem. Nunca foi efetuada a ordem. Aquilo foi apenas uma posição do agente político [Bolsonaro] na internet. Uma postagem na internet não é uma ordem", responde Pazuello.
Entenda o caso
Em outubro de 2020, o então ministro anunciou protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac. No entanto, um dia depois, Bolsonaro afirmou que o governo federal não iria adquirir "vacina da China".
Após esse episódio, o ministério voltou atrás e disse que "não há intenção de compra de vacinas chinesas". Depois, Pazuello participou de uma transmissão ao vivo ao lado do presidente — ambos sem máscara — e afirmou: "Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece".
Em relação a fala de Pazuello, Renan o questionou durante depoimento à CPI nesta quarta (19): "Poderia descrever esse episódio em detalhes?", pede o relator.
"Houve um vídeo gravado pelo governador de SP com uma posição política que causou uma reação na discussão. Eu estava com Covid e o presidente foi me visitar, e a internet estava bombando dizendo quem manda em quem. É apenas uma posição de internet. Aquilo era um jargão simplório colocado para discussão de internet. Nunca o presidente mandou eu desfazer qualquer acordo ou contrato com o Butantan", explica Pazuello.
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