Em meio ao turismo da vacina, buscas por voos para os Estados Unidos crescem até 719% em maio

O brasileiro não abriu mão de viajar para os Estados Unidos, mesmo com restrições para a entrada direta no país. Dados do buscador de viagens Kayak mostram que as cidades de Nova York, Miami, Los Angeles e Orlando tiveram forte alta nas buscas por voos em maio.

A pesquisa coloca os EUA no topo das buscas por destinos internacionais neste mês, tomando quatro posições, inclusive a 1ª colocação, que ficou com Nova York.

Turismo da vacina

Os Estados Unidos são o único país que está oficialmente oferecendo imunização contra a Covid-19 aos turistas. Pelo menos 45% da população norte-americana já recebeu a primeira dose. O excedente de imunizantes no país, levou vários estados a autorizarem a vacinação sem comprovante de residência.

Com as incertezas sobre o andamento do plano de vacinação no Brasil, a ida ao país norte-americano com o intuito de se vacinar tem se tornado comum entre aqueles que estão dispostos a desembolsar um bom dinheiro para isso. Os pacotes disponíveis estão variando entre R$ 14 mil a R$ 50 mil e as viagens duram cerca de vinte dias.

Valores

Destino	Preço médio da passagem	Baixa temporada	Alta temporada
Nova York	R$3.057,62	Março - queda média de 19% no preço	Dezembro - aumento médio de 25% no preço
Miami	R$3.285,09	Março - queda média de 18% no preço	Dezembro - aumento médio de 29% no preço
Los Angeles	R$2.925,37	Agosto - queda média de 28% no preço	Dezembro - aumento médio de 30% no preço
Orlando	R$2.671,45	Agosto - queda média de 25% no preço	Janeiro - aumento médio de 30% no preço

Restrições

Para a entrada nos Estados Unidos, os brasileiros devem dedicar os 14 primeiros dias de viagem a uma estadia em países vizinhos, como México, Costa Rica e República Dominicana.

Essa é uma exigência que vigora desde janeiro deste ano, quando o presidente John Biden anunciou em decreto que turistas vindos do Brasil, e de vários outros países, não poderiam entrar diretamente nos EUA. O texto, no entanto, prevê algumas exceções, como no caso de pessoas com filhos menores de 21 anos e não casados que morem nos EUA e sejam americanos ou residentes legais do país.