Com mais de 442 mil vidas perdidas durante a pandemia da Covid-19 no Brasil, o luto se tornou uma rotina nas famílias. Ao perder pai, mãe, avó, tio ou outra pessoa próxima, é comum que as crianças façam questionamentos. Saber como acolhê-las nesse momento ainda é um desafio para os adultos à sua volta.

Em entrevista ao Jornal da Tarde, a empresária Camila Zanetti conta que, há pouco mais de um mês, suas filhas Stella e Heloísa tiveram que lidar com a perda do pai para a Covid-19 e revela que, o principal sentimento expressado por elas foi o de raiva. “Eu ainda enxergo uma indignação, uma raiva e uma sensação de desequilíbrio”, diz.

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A psicóloga Karina Okajima Fukumitsu, explica que os adultos devem conversar com as crianças e utilizar uma linguagem afetiva, porém realista. “Temos que evitar falar que a pessoa descansou, que foi pro céu e virou uma estrelinha. Esse tipo de linguagem provoca mais dúvidas”.

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Além disso, a escola ganha um papel essencial e indispensável no acolhimento infantil durante esse período de luto. “A escola pode colaborar muito com esse processo participando dessa situação de acolhimento, de apoio e suporte que a criança precisa no seu dia a dia, inclusive observando mudanças de comportamento”, destaca Fernanda Ortiz diretora pedagógica.

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