O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou nesta segunda-feira (20), na Granja do Torto, em Brasília, a primeira reunião ministerial de 2025.
O encontro contou com a presença dos 38 ministros e marcou o início de um ano estratégico para a gestão, que enfrenta desafios nas áreas econômica, política e ambiental, além de buscar maior alinhamento com o Congresso Nacional e fortalecimento da popularidade.
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Durante o encontro, o político pediu dedicação total e destacou que o Governo Federal não tem “direito de errar” nos dois anos restantes do mandato. Ele exigiu que cada pasta apresente resultados concretos das ações já anunciadas e destacou que 2025 será o ano de “colher o que foi semeado”.
Mudanças na equipe e prioridades
A reunião aconteceu em meio a ajustes na equipe ministerial. O publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom), substituindo Paulo Pimenta. A mudança foi vista como parte da estratégia do governo para melhorar a comunicação e combater a desinformação.
Entre as prioridades apresentadas, o presidente destacou a necessidade de colocar “comida barata na mesa do trabalhador”, enfrentando a alta nos preços dos alimentos, e de adaptar políticas públicas ao perfil de uma sociedade que valoriza o empreendedorismo. “O povo para quem trabalhamos hoje não é o mesmo dos anos 80; ele quer empreender, e nós precisamos nos adequar a essa nova realidade”, ressalta.
Ajuste de conduta e alinhamento político
Lula também deu um “puxão de orelha” na equipe, pedindo que evitem decisões que gerem polêmicas, como o recente caso envolvendo mudanças na fiscalização do Pix. Ele enfatizou que portarias ou medidas que possam causar “confusão” precisam ser previamente discutidas com a Presidência da República.
Também reforçou a importância de fortalecer a articulação política, especialmente com os partidos de Centro que reclamam por maior participação. A cobrança ocorre em um momento em que o Planalto busca garantir apoio para aprovar projetos e construir alianças com vistas às eleições de 2026.
Balanço e desafios futuros
Além de cobrar resultados, o dirigente alertou que os adversários políticos já estão em campanha para o próximo pleito presidencial. “2026 já começou, mas nós temos que focar no trabalho e entregar o que o povo precisa”.
Os ministros apresentaram balanços das ações realizadas em 2024 e detalharam as principais iniciativas previstas para os meses seguintes. Entre os desafios mencionados estão a organização da COP 30, em Belém, e a ampliação da participação da União na segurança pública nos estados.
O chefe de estado encerrou o encontro reforçando o compromisso de sua gestão com a reconstrução e união do país. Ele destacou que, apesar das críticas, jamais deixará de ser cobrado pela população, mas lamentará caso não consiga cumprir as promessas feitas. “Reflitam, porque vou chamar individualmente muita gente para conversar. Somos um grupo diverso, mas temos uma causa em comum: fazer esse país crescer”.
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